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As escolas do primeiro ciclo de Torres Vedras vão ensinar as crianças a andar de bicicleta no novo ano letivo para promover o uso de transportes amigos do ambiente, sobretudo nas deslocações entre a casa e a escola.

A Câmara Municipal de Torres Vedras, no distrito de Lisboa, anunciou que, no ano letivo que começa este mês, vai desenvolver o projeto “Míni Agostinhas” nas escolas do primeiro ciclo dos agrupamentos de escolas Madeira Torres, São Gonçalo e Padre Vítor Melícias.

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O projeto é desenvolvido em parceria com a Federação Portuguesa de Ciclismo e a empresa municipal Promotorres.

A autarquia vai também criar estacionamentos para bicicletas nos recintos escolares.

“O projeto visa potenciar o uso da bicicleta em contexto escolar e promover estilos de vida saudáveis e padrões de mobilidade mais sustentáveis, através de atividades formativas para alunos e professores”, refere o município em nota de imprensa.

A câmara pretende também “incentivar a comunidade escolar a usar este meio de transporte nas suas deslocações pendulares”.

O projeto “Míni Agostinhas” surge no âmbito das políticas de mobilidade e sustentabilidade que a autarquia tem vindo a desenvolver, possuindo uma rede de ciclovias com mais de 40 quilómetros e uma rede de bicicletas públicas, com 260 bicicletas convencionais e 30 elétricas.

O novo plano de mobilidade do concelho prevê investimentos de cerca de 15 milhões de euros até 2026 para incentivar os cidadãos a andarem a pé, de bicicleta ou nos transportes públicos, em detrimento do automóvel.

Entre as prioridades, estão investimentos não só na cidade, mas em todo o concelho, na ampliação dos circuitos pedonais (11,7 milhões de euros) e da rede de ciclovias (2,7 milhões de euros), na criação de parques para bicicletas (289 mil euros) e na expansão da rede de bicicletas públicas “Agostinhas” (415 mil euros).

As medidas passam também por criar zonas em que é proibido circular a mais de 30 quilómetros por hora (258 mil euros), criar acessibilidades para todos (2,9 mil euros), remodelar a oferta de transportes públicos coletivos (40 mil euros) e criar ligações dos transportes públicos a modos suaves de transporte ou aos táxis.

As ações têm como objetivo persuadir o uso do automóvel particular, num concelho que, entre 1991 e 2011, teve um aumento populacional de 18%, de cerca de 48 mil para 80 mil habitantes, assim como de automóveis (em 2014 eram 42 mil), e consome cerca de 50 mil toneladas por ano de combustível, segundo o plano.

Baseado em inquéritos feitos à população, o estudo conclui que o automóvel foi o meio de transporte usado pelos cidadãos em 66% das deslocações (47% foram feitas a conduzir o próprio veículo e 19% como passageiros), seguindo-se os transportes públicos coletivos (18%).

Quarenta e quatro por cento das viagens são de casa para o trabalho ou do trabalho para casa. Entre a população escolar, 38% viaja para a escola em transporte individual, 29% usa os transportes públicos coletivos e apenas 14% se desloca a pé.

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