PUB

Tiago Ferreira e Hans Becking da DMT Racing Team venceram a Henrique Avancini e Manuel Fumic, e assim seguem com cerca de sete minutos à frente da dupla da Cannondale Factory Racing XC.

© Doro Jr. / Brasil Ride

A disputa foi acesa com a dupla da Cannondale Factory Racing de Henrique Avancini e Manuel Fumic, que chegaram colados com a DMT Racing Team. Em terceiro a dupla de Kristian Hynek e Martin Stosek.

PUB

Tiago e Hans partem amanhã para a 6ª etapa, o XCO com uma vantagem de cerca de 7 minutos para Avancini e Fumic.

A quinta de sete etapas da Brasil Ride 2019 foi realizada nesta quinta-feira (24) e teve uma disputa emocionante pela vitória na linha de chegada, após 140 km pedalados. Melhor para Tiago Ferreira e Hans Becking , donos da camisola amarela, que venceram e mantiveram a liderança com uma boa folga.

© Marcelo Rypl / Brasil Ride

Os checos Kristian Hynek e Martin Stosek, da Vitalo Future Cycling Pwd by Canon, concluíram em terceiro lugar, também disputando palmo a palmo com seus conterrâneos Jaroslav Kulhavy e Matous Ulman, da Specialized Racing.

© Fabio Piva / Brasil Ride

A etapa de volta para Arraial d’Ajuda, em Porto Seguro, após três noites no acampamento da Vila Brasil Ride, em Guaratinga, teve Henrique Avancini e Manuel Fumic tomando a iniciativa na primeira metade do percurso, em busca de diminuir a diferença de 7min47 para Tiago Ferreira e Hans Becking, abrindo cerca de 30 segundos para os adversários.

No ponto de apoio 3, após 74 km, Avancini e Fumic foram alcançados pelas duplas Ferreira e Fumic, Kristian Hynek e Martin Stosek, e Jaroslav Kulhavy e Matous Ulman.

© Marcelo Rypl / Brasil Ride

“Esta etapa tornou-se dura porque no meio do dia começou a chover e o terreno sofreu alterações. Difícil e rápida, uma vez que desde muito cedo o Avancini e o Fumic trabalharam bastante na frente, mantendo um ritmo muito veloz, especialmente nos primeiros 50 km. Eles trabalharam o todo o dia e foi muito desgastante. O importante é que foi mais um dia sem perder tempo. Amanhã será o dia mais complicado para nós, por isso vamos tranquilos”, comentou Ferreira.

© Fabio Piva / Brasil Ride

“A volta para Arraial começou difícil, foi inviável alguma dupla abrir um gap grande o suficiente para liderar com folga. Pedalamos para garantir a camisola amarela e conseguimos. Para nós, era uma questão de honra vencer essa etapa, porque tivemos uma batalha difícil e interessante contra os ciclistas da Cannondale. Felizmente ganhamos. Teremos agora o cross country e será uma etapa para não perder muito tempo, salvar equipamento e evitar quedas”, avaliou Becking.

© Marcelo Rypl / Brasil Ride

Henrique Avancini avaliou o desempenho na etapa. “Foi um dia longo, como esperávamos. Atacamos bastante até o km 50, abrindo um pequeno gap, mas nunca foi decisivo. Em seguida tivemos a parte mais fluída da prova, porém no km 68 o Manuel teve um furo no pneu dianteiro e foi uma situação bem complicada, porque as três duplas escaparam e gastamos bastante energia para os alcançar. Conseguimos isso e, na parte final, economizamos, embora quiséssemos vencer. O Manuel cruzou roda com o Tiago no final da última subida e perdeu contato, porém voltou e perdemos por meia roda. Um sprint apertado. Colocamos eles sob pressão, mas era difícil ganhar tempo. Temos dois dias e vamos atrás”, avaliou Avancini.

© Fabio Piva / Brasil Ride

A quinta etapa acabou sendo especial para Kristian Hynek, bicampeão da ultramaratona em 2010/2011, por garantir seu primeiro pódio na décima edição. “Prova super difícil e longa. Obviamente é bom estar no top 3, porque desde o início não tivemos pernas boas, ou ao menos o que esperávamos fisicamente, para competir pelo topo da classificação geral. Confesso que depois de todo o sofrimento dos últimos dias, estamos super felizes pelo pódio. Esperamos sobreviver às duas etapas restantes e quem sabe subir e desfrutar a prova”, disse Hynek.

© Fabio Piva / Brasil Ride

Na elite feminina a dupla líder do dia anterior não conseguiu manter a camisa laranja. Após Letícia Cândido e Hercília Najara  (Corinthians Audax / Tripp Aventura) liderarem no primeiro dia, e Jaqueline Mourão e Danilas Ferreira (Sense Factory Racing / Tropix Brasil) liderarem nas etapas 2 e 4, desta vez foi a hora de Viviane Favery e Tânia Clair Picker (Cannondale Brasil Racing / Soul Cycles) recuperarem a liderança que tiveram após a terceira de sete disputas.

© Fabio Piva / Brasil Ride

“Esta etapa começou dura com a Tânia e eu andando juntas por muito tempo com a Jaque, Danilas, Ilda e Karen, em ritmo forte nas subidas. Guardamos energia de forma estratégica. No km 78, a Jaque e a Danilas atacaram, abrindo gap de nós. Mais para frente, a Karen sofreu um acidente e quebrou o quadro da bike dela. Encontramos as líderes no Parque do Pau Brasil, atacamos e abrimos distância. Não paramos no último apoio e garantimos a vitória, sozinhas nos 12 quilómetros finais. Demos tudo pela vitória e para recuperar a liderança”, relatou Vivi.

© Marcelo Rypl / Brasil Ride

“O pelotão estava forte no começo e de bike full suspension sofri demais nas subidas. Na metade da etapa eu estava cansada e só me melhorei depois do km 100, no Parque do Pau Brasil. A chuvinha fez eu relembrar minha terra, Santa Catarina, e ali me senti em casa, conseguindo recuperar muito. Mostrei estar bem para as adversárias, apesar do cansaço, e deu certo. Essa etapa para mim é sempre a mais difícil. Estamos feliz demais pela vitória e pela retomada da liderança”, comentou Tânia.

Karen Olímpio e Ilda Pereira desistiram, Karen partiu o quadro da bicicleta e foram obrigadas a desistir. Estavam a progredir e a ganhar terreno, de dia para dia.

© Waldimir Togumi / Brasil Ride

Na categoria Mista, José Silva / Celina Carpinteiro venceram a etapa com o tempo de 06:32:50.672, continuam líderes.

Na categoria Master, Tiago Clamote / Tiago Silva venceram, com o tempo de 05:28:39.620 continuam líderes com uma vantagem de cerca de 24 minutos para Bart Brentjens / Abraao Azevedo.

© Sportgraf

Marco Macedo / Tiago Almeida fizeram o 3º lugar com o tempo de 06:00:59.112.

José Dias / Andreas Miltiadis terminaram no 22º lugar, Tiago Aragão / Rui Porto Nunes terminaram a etapa no 23º lugar em elites.

Vídeo com os melhores momentos da 5ª etapa:

Resultados – Etapa 5 – Guaratinga / Arraial d’Ajuda – 140 km

Masculino
1- Tiago Ferreira (POR) / Hans Becking (HOL) – 5h05min46
2- Henrique Avancini (BRA) / Manuel Fumic (ALE) – 5h05min46
3- Kristian Huynek / Martin Stosek – 5h06min05
4- Jaroslav Kulhavy (CZE) / Matous Ulman (CZE) – 5h06min06
5– Sebastian Fini (DIN) / Julian Schelb (ALE) – 5h11min06

Feminino
1- Viviane Favery (BRA) / Tania Clair Pickler (BRA) – 6h44min53
2- Jaqueline Moura (BRA) / Danilas Ferreira da Silva (BRA) – 6h58min14
3- Letícia Cândido (BRA) / Hercília Najara (BRA) – 7h05min28
4- Janildes Fernandes / Julyana Machado – 7h42min55
5- Ivonne Kraft (ALE) / Ana Clara Souza (BRA) – 7h55min58

Geral após 4 etapas

Masculino
1- Tiago Ferreira (POR) / Hans Becking (HOL) – 13h23min02
2- Henrique Avancini (BRA) / Manuel Fumic (ALE) – 13h30min49
3- Jaroslav Kulhavy (CZE) / Matous Ulman (CZE) – 13h39min25
4- Lukas Kaufmann (BRA) / Konny Looser (SUI) – 13h55min11
5- Kristian Hynek (CZE) / Martin Stosek (CZE) – 13h55min45

Feminino
1- Viviane Favery (BRA) / Tania Clair Piclker (BRA) – 24h57min48
2- Jaqueline Mourão (BRA) / Danilas Ferreira (BRA) – 25h06min53
3- Letícia Cândido (BRA) / Hercília Najara (BRA) – 26h13min19
4- Janildes Fernandes (BRA) / Julyana Machado (BRA) – 29h10min19
5- Ivonne Kraft (ALE) / Ana Clara Souza (BRA) – 30h12min45

© Marcelo Rypl / Brasil Ride

Sexta etapa, o cross country, com atletas divididos em duas boxes: a primeira os atletas de elite, com as 60 melhores duplas classificadas, depois a segunda bateria com os demais atletas. Em cada bateria o percurso tem 8,1 km mas as duplas tem que dar 4 voltas, total de 32,4 km.

© Marcelo Rypl / Brasil Ride

Uma regra desta etapa é que apenas neste dia não precisam correr as duplas juntas, podem se separar. Nos outros dias as duplas não podem ficar mais de 2 minutos uma da outra. Cada um por si e no final soma-se o dos dois atletas, tirando a média. Prova com 90% de single track e trilhos travados, com poucas ultrapassagens.

Trilhos de raízes com muita Mata Atlântica, descidas e subidas não longas, mas bem difíceis de serem zeradas. Largada e chegada no Uiki Parracho, onde o atleta passa sempre dentro do Uiki.

© Fabio Piva / Brasil Ride

Toda a informação sobre a 10ª edição do Brasil Ride em www.brasilride.com.br.

PUB