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Simon Yates (Mitchelton-Scott) viu confirmado o seu primeiro triunfo numa das ‘três grandes’, impondo-se na Volta a Espanha, que terminou em Madrid com novo êxito ao sprint do italiano Elia Viviani (Quick-Step Floors).

“Ainda não acredito. A minha equipa trabalhou muito e demonstrou solidez e confiança. Tínhamos de confiar que podíamos ganhar e escolher os nossos momentos. Conseguimos juntos. Isto é incrível”, congratulou-se Yates, que sucedeu ao também britânico Chris Froome como vencedor em Espanha.

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Na tirada de consagração, a vitória foi para Viviani, que cumpriu os 100,9 quilómetros entre Alcorcón e Madrid em 2:21.28 horas e ganhou pela terceira vez nesta ‘Vuelta’, batendo ao ‘sprint’ o eslovaco Peter Sagan (BORA-Hansgrohe) e o seu compatriota Giacomo Nizzolo (Trek-Segafredo).

Com 1.46 minutos de avanço sobre o espanhol Enric Mas (Quick-Step Floors) e 2.04 em relação ao colombiano Miguel Ángel López (Astana), Yates partiu de Alcorcón para cumprir uma formalidade e festejar, aos 26 anos, a maior façanha da sua carreira, nesta 73.ª edição da ‘Vuelta’.

Ao mesmo tempo, o corredor de Bury, arredores de Manchester, contribuiu para um feito histórico do ciclismo britânico. Pela primeira vez, as três maiores corrida internacionais por etapas foram ganhas por ciclistas diferentes, mas da mesma nacionalidade: Cris Froome venceu a Volta a Itália e Geraint Thomas a Volta a França.

E trata-se também do quinto triunfo britânico seguido, já que Froome encadeou êxitos no ‘Tour’ e na ‘Vuelta’ em 2017.

“Nunca tive ídolos. Comecei a competir em estrada bastante tarde e o ciclismo não era muito popular na Grã-Bretanha, pelo que enquanto crescia não tinha ninguém a quem admirar especialmente. Agora isso mudou, o país tem grandes estrelas, conhecidas em todo o Mundo”, elogiou Yates.

O vencedor da ‘Vuelta’ chegou a liderar o ‘Giro’ este ano durante 13 dias, fruto de três triunfos de etapa, mas o adepto do Manchester United e admirador de José Mourinho acabaria ultrapassado por Froome – aprendeu e em Espanha não deu hipóteses aos rivais, fazendo do ataque a sua melhor defesa e com uma triunfo apenas, na 14.ª etapa.

O pódio consagrou assim três das mais consistentes jovens esperanças do ciclismo internacional – Mas tem 23 anos e López 24.

Destaque ainda para o Rei da montanha, o belga Thomas de Gendt (Lotto), a regularidade para o veterano espanhol Alejandro Valverde, que concluiu em quinto e terá desperdiçado, aos 38 anos, a derradeira oportunidade de vencer novamente uma grande prova – venceu ‘Vuelta’ em 2009 -, e a combatividade para Jesús Herrada, enquanto por equipas se destacou a Movistar.

O português Nélson Oliveira (Movistar) manteve a 71.ª posição, concluindo a 2:30.07, Tiago Machado (Katusha) a 79.ª a 2:48.38 e José Mendes (Burgos) subiu um lugar para 83.º, a 2:57.10.

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