PUB

Rúben Guerreiro (EF Education-Easy Post) venceu hoje a quarta edição do Mont Ventoux Dénivelé Challenge, cortando a meta isolado no final da segunda passagem pela ‘mítica’ montanha em França.

Rúben Guerreiro vence Mont Ventoux Dénivelé Challenge
📸 James Startt e Frédéric Machabert

O trepador luso, de 27 anos, foi dos mais interventivos na corrida e acabou por concluir os 154 quilómetros entre Vaison-la-Romaine e o topo do ‘mítico’ Mont Ventoux em 4:32.35 horas, batendo um colega de equipa, o colombiano Esteban Chaves, segundo a 53 segundos, e o australiano Michael Storer (Groupama-FDJ), terceiro a 1.28 minutos.

PUB

A vitória na corrida 1.1, com 4.521 metros de acumulado de subida, incluindo duas ascensões ao Ventoux, é a primeira da época para o português, que aponta à Volta a França.

Rúben Guerreiro vence Mont Ventoux Dénivelé Challenge
📸 James Startt e Frédéric Machabert

O português foi o primeiro de uma ‘dobradinha’ da norte-americana EF Education-Easy Post, à frente de Chaves, ao isolar-se no decurso da última subida até ao topo do Mont Ventoux, uma das mais famosas subidas do ciclismo mundial, presença habitual no Tour e noutras corridas.

Distanciou-se nos últimos 10 quilómetros, deixando para trás Chaves, que fez parte de um esforço coletivo dos norte-americanos, a precisar de pontos para se manter no WorldTour, e Storer, que viria depois a ser deixado para trás também pelo colombiano, que fechou o ‘1-2’ da equipa.

Na chegada, festejou fazendo jus à alcunha de ‘cowboy de Pegões’, ao ‘disparar’ duas pistolas feitas com os dedos enquanto cruzava a meta, já depois de apontar para o céu.

É o primeiro triunfo em 2022 para o ciclista, que tem tido uma temporada de altos e baixos, recuperando de vários azares, como a queda na Liège-Bastogne-Liège, logo após o sétimo lugar noutra clássica belga, a la Flèche Wallonne, tendo também abandonado o Tirreno-Adriático.

Antes de chegar a esta corrida, a participação no Critério do Dauphiné, uma ‘antecâmara’ para a ‘grande boucle’, mostrou boa forma, hoje confirmada, ao ser quarto na terceira etapa e quinto na oitava e última, concluindo em nono a geral final.

Este é, de resto, o primeiro triunfo desde a Volta a Itália de 2020, quando venceu a nona etapa, em Roccaraso, e conquistou a classificação da montanha, e a terceira como profissional, depois de se sagrar campeão nacional de fundo em 2017.

Fora do Giro, é o maior resultado da carreira, procurando agora novas façanhas no Tour, a que regressa depois do 18.º posto final de 2021.

Na corrida feminina, que decorreu pela primeira vez este ano, a italiana Marta Cavalli (FDJ-Nouvelle Aquitaine Futuroscope) foi a vencedora, à frente da alemã Clara Koppenburg (Cofidis), segunda a 41 segundos, e da colega de equipa francesa Évita Muzic, terceira a 53.

PUB