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Ruben Guerreiro visitou hoje a Volta a Portugal em bicicleta na qualidade de fã e testemunhou o momento “muito bonito” em que o seu grande amigo Rafael Reis vestiu a amarela da prova, depois de vencer o prólogo.

Ruben Guerreiro assistiu ao momento muito bonito do seu amigo Rafael Reis
© João Fonseca Photographer

Com o rosto escondido por uma máscara, o corredor da EF Education-Nippo tentou passar “mesmo muito” despercebido entre a multidão, mas, com tantos amigos no pelotão nacional, a sua visita foi bastante notada, embora a tenha feito como “fã”, porque, quando está neste mundo, gosta “muito de não ser o ciclista”.

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“Isto até parece mal, mas a equipa mandou-me de férias, porque já tenho corrido mesmo muito, e aproveitei para vir à Volta hoje e amanhã [quinta-feira], porque são as etapas mais pertinho de casa, e há muito tempo que não vinha cá. Aproveitei para ver os amigos e incentivar um bocadinho, e para desfrutar de uma das melhores corridas do mundo”.

Depois de uma ‘tentativa de recusa’ inicial e de alegar que é “gratificante ser reconhecido, mas se puder passar despercebido, melhor”, o corredor de 27 anos, 18.º da última Volta a França e ‘rei da montanha’ do Giro2020, lá acedeu tornar-se uma das figuras do dia em que o seu amigo Rafael ganhou, pela terceira vez, um prólogo na Volta a Portugal.

“Tentei dar sorte. Fui com o senhor [José] Poeira [selecionador nacional] atrás dele no carro. Tenho treinado com o Rafael e partilhamos sempre ideias e partilhamos os treinos e tentamos incentivar-nos um ao outro. É realmente muito bonito ver o nosso amigo e colega de treino ficar de amarelo na Volta a Portugal”, admitiu.

A forte amizade que os une ficou evidente nos vários momentos que os dois partilharam, primeiro enquanto o ciclista da Efapel ainda aguardava na ‘cadeira quente’ para ver confirmado o seu triunfo, e, depois, quando Guerreiro se juntou aos jornalistas para entrevistar Reis, perguntando-lhe se tinha tido “boas sensações”.

“Sem dúvida, é um excelente atleta. Ainda teve mais azares do que eu, muitos mesmo, porque foi dos melhores juniores do mundo, teve muitos anos para se encontrar e finalmente encontrou uma equipa que lhe dá a oportunidade de ser quem ele é e o acarinha bastante. Desejo tudo de bom para ele”, declarou.

As palavras de elogio foram mútuas, com Reis a definir o vizinho de Pegões Velhos como “um amigo diário”.

“Está comigo praticamente todos os dias quando está presente. Fico orgulhoso por ele ter vindo”, confessou o primeiro camisola amarela da 82.ª Volta a Portugal, que hoje arrancou com um prólogo de 5,4 quilómetros, em Lisboa, e termina em 15 de agosto, em Viseu.

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