As propostas apresentadas pela Federação Portuguesa de Ciclismo para a realização da Volta a Portugal foram “bem acolhidas” pela Direção-Geral da Saúde, que posteriormente emitirá um parecer sobre a viabilidade da prova no âmbito da pandemia da covid-19.
“A reunião de hoje foi uma reunião de trabalho, na qual o plano gizado pela Federação Portuguesa de Ciclismo foi apresentado à Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, e ao secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo. As propostas preconizadas pela Federação foram bem acolhidas, mas um parecer oficial da DGS será emitido posteriormente”, revelou à Lusa fonte federativa.
A mesma fonte esclareceu que esse parecer da DGS irá “ajudar o Governo a decidir acerca da realização ou não da Volta a Portugal”.
O plano foi apresentado pelo diretor clínico da FPC, Filipe Lima Quintas, que acompanhou na reunião o presidente do organismo, Delmino Pereira, e dois elementos da Podium, Vasco Empis e Joaquim Gomes, diretor da maior prova velocipédica nacional.
A Volta a Portugal, cuja 82.ª edição está agendada entre 29 de julho e 09 de agosto, não foi afetada pela suspensão do calendário decretada pela União Ciclista Internacional devido à pandemia da covid-19, que se estende até 01 de julho para todas as provas e até 01 de agosto para as da categoria WorldTour.
Em 05 de maio, o presidente da FPC reconheceu à Lusa que poderia haver condicionalismo à presença de público na Volta a Portugal e garantiu um “compromisso máximo na defesa da saúde de todos os intervenientes” na prova.
“Estamos a planear e desenvolver o evento para que tenha toda a qualidade sanitária exigível. É um processo complexo, porque, além da presença do público, há outras condicionantes. Vamos fazer tudo com o compromisso máximo na defesa da saúde de todos os intervenientes”, garantiu Delmino Pereira.
O dirigente explicou então que a federação estava “a trabalhar numa lógica inspirada nas regras que estão a ser desenvolvidas para a Volta a França”, onde também estão a ser pensadas estratégias para limitar aglomerados de pessoas durante as etapas.
“Se a Volta a França, que tem uma dimensão enorme comparada com a nossa Volta a Portugal, se vai realizar, e num país que foi muito mais afetado pela pandemia, nós acreditamos que também podemos fazer, com todos os cuidados, esta prova tão importante para o ciclismo nacional”, acrescentou Delmino Pereira.