Amaro Antunes (CCC) vai estrear-se em ‘grandes voltas’ no Giro d’Italia, que arranca hoje para a 102.ª edição, mas chega a Bolonha condicionado por problemas físicos sentidos nas últimas semanas.
“Era uma corrida que estava delineada para mim como um dos objetivos, mas, infelizmente, uma lesão perto da corrida deixou-me um pouco debilitado. Por um lado, sinto-me ‘super’ feliz de poder estar no início da corrida, mas por outro lado sinto uma ligeira revolta porque não consegui treinar como pretendia, e acabo por saber que vou numa condição que não é aquela que desejaria”, explicou o ciclista de 28 anos à Lusa.
A estrear-se em ‘grandes voltas’ logo na “mais dura das três”, a lesão poderá levar a uma reconfiguração do calendário para o resto de 2019, e “a Volta a Espanha poderá ser uma das corridas” que passem a constar do calendário.
Para já, no ‘Giro’, terá de apostar numa tática “defensiva e de gestão de esforço” e esperar que o corpo possa reagir da melhor forma, numa prova em que será o único luso.
Amaro Antunes chega à ‘corsa rosa’ depois de abrir a temporada na Volta à Comunidade Valenciana, com um 28.º lugar final, antes de chegar à ‘sua’ Volta ao Algarve, onde já venceu uma etapa, em 2017, e que corre na região de onde é natural.
Foi quinto no segundo dia e 10.º no último, na chegada ao Malhão, que havia vencido dois anos antes, para acabar em oitavo da geral, o melhor resultado até agora, antes de correr o Paris-Nice (29.º) e a Volta ao País Basco (73.º).
No Giro d’Italia, o registo de bons resultados portugueses é curto, sendo que Acácio da Silva, vencedor de cinco etapas nos anos 80 do século passado, tendo chegado a liderar a geral por dois dias, apresenta o melhor registo.
Em 2001, José Azevedo, agora diretor desportivo da Katusha-Alpecin, acabou a prova no quinto lugar final, enquanto José Gonçalves, que corre na equipa suíça, foi 14.º em 2018, num dos melhores resultados recentes na corrida.
Olhando para o lote de favoritos da 102.ª edição da corrida, Antunes recorda, antes de elencar um ‘escolhido’, a ausência do colombiano Egan Bernal (Sky), lesionado, olhando depois para a “grande forma” do esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), mas também o italiano Vincenzo Nibali (Bahrain Mérida), vencedor em 2013 e 2016.
A 102.ª edição do Giro d’Italia arranca hoje, com um contrarrelógio individual de 8,2 quilómetros em Bolonha, terminando 21 etapas depois, em 02 de junho, com novo ‘crono’ em Verona.