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O belga Philippe Gilbert (Deceuninck-Quick Step) conquistou hoje o seu quarto ‘monumento’ ao vencer a clássica velocipédica Paris-Roubaix, impondo-se ao ‘sprint’ ao alemão Nils Politt (Katusha-Alpecin), com quem se destacou nos últimos quilómetros.

© ASO / P.Ballet

Gilbert, de 36 anos, concluiu os 257 quilómetros do ‘inferno do norte’ em 5:58.02, no mesmo tempo de Politt, segundo classificado. O campeão belga Yves Lampaert (Deceuninck-Quick Step) terminou no terceiro posto, a 13 segundos de Gilbert.

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O eslovaco Peter Sagan (BORA-hansgrohe), vencedor da prova em 2018, concluiu a clássica no quinto posto, 42 segundos depois do vencedor, sendo claramente o grande derrotado da jornada.

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Gilbert, campeão do mundo de fundo em 2012, conta no historial com triunfos na Liège-Bastogne-Liège, na Volta a Flandres e na Volta à Lombardia, além do sucesso de hoje, faltando-lhe a vitória na Milão-Sanremo para completar o conjunto de clássicas de um dia conhecidas como ‘monumentos’.

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“É um sonho um pouco louco que já tenho há uma dúzia de anos”, assumiu o vencedor, que ainda procura juntar-se ao reduzido grupo de três que logrou aquele ‘penta’ – Rik van Looy, Eddy Merckx e Roger de Vlaeminck, todos belgas.

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Só recentemente Gilbert se virou para a difícil corrida que termina em Roubaix, sendo esta a terceira vez que arriscou a passagem pelos troços de ‘pavés’ (empedrado), que totalizam mais de 50 quilómetros e conferem uma imagem de marca bem específica à corrida.

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“Quando decidi entrar a fundo nas clássicas de ‘pavés’, muita gente disse que isso não era para mim. Mas transformei as minhas qualidades, que de início eram de ‘puncheur’. Tornei-me um corredor um bocado diferente e ganhei a Volta a Flandres [em 2017]”, acrescentou Gilbert.

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Já este ano, as coisas não correram bem na Volta a Flandres, onde desistiu. Recuperou bem, na semana que antecedeu a prova de hoje: “Sentia que a forma voltava ao correr dos dias, isso deu-me confiança. E acho que fiz uma bela corrida, taticamente”.

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A Deceuninck-Quick Step jogou muito forte e tinha em Yves Lampaert, também presente na fuga, uma alternativa para o triunfo. O atual campeão da Bélgica terminou isolado, em terceiro, destacado de um reduzido grupo que integrava mais dois companheiros de equipa Florian Sénéchal (sexto) e Zdenek Stybar (oitavo).

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Depois de várias equipas ensaiarem ataques e se somarem tentativas de fuga pouco sucedidas, foi só na zona de abastecimento a 67 quilómetros do fim que a corrida ficou definida, com Pollit a escapar-se, e Gilbert e Rudiger Selig (BORA-hansgrohe) a seguirem na sua peugada.

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Sagan respondeu não muitos quilómetros depois, com mais alguns corredores, e a 40 quilómetros do fim já se percebia que o vencedor ia sair do sexteto da frente, onde pontificavam dois antigos campeões do Mundo (Sagan e Gilbert) e o campeão belga (Lampaert). O avanço passava então do minuto.

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Pressentindo que Sagan estava exausto, Politt e Gilbert aceleraram a 23 quilómetros do velódromo, para não serem apanhados.

Dentro do velódromo, o belga esperou pelo seu momento para aplicar um ataque que o alemão já não teve força para contrariar.

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