O ciclista eslovaco Peter Sagan (BORA-hansgrohe) venceu hoje a sua segunda etapa na presente edição da Volta a França, ao impor-se ao ‘sprint’ após um percurso de ‘clássica’.
O tricampeão olímpico de 28 anos, que já tinha vencido no segundo dia, cumpriu os 204 quilómetros entre Lorient e Quimper em 4:48.06 horas, batendo num ‘sprint’ reduzido o italiano Sonny Colbrelli (Bahrain-Mérida), segundo, e o belga Philippe Gilbert (Quick-Step Floors), terceiro.
Depois de ter sido segundo na terça-feira, atrás do colombiano Fernando Gaviria (Quick-Step Floors), a vitória de ‘Tourminator’, como é conhecido pelo sucesso em França, permitiu-lhe alargar a liderança na classificação por pontos, agora com 33 pontos de vantagem para o velocista colombiano.
Peter Sagan foi desclassificado em 2017, já depois de vencer uma etapa e quando procurava a sexta vitória consecutiva na classificação por pontos, depois de ter vestido a camisola verde até Paris de 2012 a 2016.
Com estradas estreitas, troços de empedrado e várias subidas curtas, mas de grande inclinação, o traçado na Bretanha fazia lembrar os das clássicas das Ardenas, como Sagan viria a admitir já depois de cortar a meta.
A fuga do dia teve numa dupla francesa da Direct Energie os principais potenciadores, Sylvain Chavanel e Lilian Calmejane, e no letão Toms Skujins (Trek-Segafredo).
No final, foi o camisola amarela a ‘abrir’ as hostilidades, mas não foi além do sétimo lugar, com Colbrelli e Sagan a lutarem pela vitória. Quando o italiano pareceu perder força, o eslovaco atacou e conseguiu o 10.º triunfo na ‘grand boucle’.
“Tentei ganhar a etapa, mas foi muito complicado. (…) Acho que avancei cedo demais para o ‘sprint’, pensei que a curva era mais perto da meta do que era realmente. Tentei e acabámos por não perder tempo com o Richie Porte. A equipa trabalhou muito para que isso não acontecesse”, atirou, por sua vez, o camisola amarela, que conseguiu dois segundos de distância em relação aos principais rivais na geral.
Os primeiros lugares não tiveram grandes alterações, a não ser pela desistência, ainda antes do arranque, do australiano Michael Matthews (Sunweb), vencedor da camisola verde no ano passado, que seguia em nono.
O vencedor do dia admitiu, no fim, ter tido “alguma sorte” na chegada, e ter contado com um “muito bom trabalho dos colegas de equipa desde o meio da etapa”.
“Colocaram-me em boa posição para a subida final, a Sky também puxou muito, o Gilbert tentou atacar, mas conseguimos apanhá-lo. Penso que o van Avermaet saiu demasiado cedo e, no fim, acabou por dar um grande ‘sprint’”, atirou.
Sagan concordou com as ‘comparações’ com as clássicas das Ardenas, mas confessou ter apreciado o percurso e atirou que “amanhã será outro dia”, quando questionado sobre os pontos que amealhou na etapa na luta pela camisola verde.
Na quinta-feira, van Avermaet defende a camisola amarela na sexta etapa, uma tirada de 181 quilómetros entre Brest e Mûr de Bretagne Guerlédan, cuja meta coincide com uma contagem de montanha de terceira categoria.