As sete equipas do escalão Continental Profissional em Portugal contactadas pela Lusa manifestaram disponibilidade e vontade de prolongar a época de ciclismo até outubro, face à necessidade de corridas para minimizar o impacto económico provocado pela pandemia da covid-19.
Pelo caminho, devido à expansão da pandemia, ficaram provas canceladas ou adiadas, como a Volta ao Alentejo ou várias clássicas nacionais de primavera, enquanto a União Ciclista Internacional (UCI) ordenou a suspensão de todo o ciclismo até 31 de maio.
A Federação Portuguesa de Ciclismo tem estudado vários planos para reorganizar os calendários num país que acolhe, nas várias vertentes e escalões, cerca de 800 eventos por ano.
A ideia, que o presidente Delmino Pereira afirma à Lusa estar em cima da mesa, recolhe parecer positivo porque “é uma mais valia” e permite “compensar de alguma forma a época e os patrocinadores, que precisam de rentabilidade”.
Quem o diz é o diretor desportivo da Aviludo-Louletano, Jorge Piedade, que espera que “organizadores de corridas e a federação façam essa proposta”.
Joaquim Andrade lembra ainda que Portugal é “um país com todas as condições para prolongar o calendário pelo menos até ao final de outubro”.
“O nosso país tem normalmente o final da época ali por agosto, e é um desperdício não aproveitar o mês de setembro e parte de outubro, porque têm condições excelentes para a prática do ciclismo. Esperemos que isto sirva, ao menos, para tirar algumas lições”, acrescenta.
Rúben Pereira, da Efapel, e Manuel Correia, da Kelly/InOutBuild/UDO, concordam num possível reajustamento das datas da Volta, marcada para decorrer de 29 de julho a 11 de agosto, com Pedro Silva, da Miranda-Mortágua, a lembrar que “não há só o mês de agosto” para acomodar provas.