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Se gostas de sentir a adrenalina das descidas, se gostas de fugir à morte nas curvas, sentir a máxima liberdade sobre a tua bicicleta e voar muito alto, os pedais de plataforma serão a tua primeira escolha!

A Favor e Contra

Vejamos as vantagens e inconvenientes que nos oferecem. Comecemos pelo que é mau – que é pouco. Costumam usar-se com ténis semi-flexíveis e de borracha mole para maximizar a aderência, o que faz com que se perca alguma energia nas flexões. O que oferece um ponto a favor para os automáticos. Com plataformas corres um pouco mais de risco de te cortares nos “espinhos”. Outro ponto para os automáticos. Estes últimos oferecem mais segurança ao passar por zonas com muitos buracos ou a saltar, mas o risco ocorre só enquanto não te habituas às plataformas porque depois de algum tempo o controlo é o mesmo.

A partir daqui são só vantagens, a começar pela segurança que te oferecem. No princípio vais entrar nas curvas mais deitado porque estás mais seguro por saberes que podes tirar o pé e apoiá-lo se for necessário. Também te podes permitir o luxo de tirar o pé do pedal mais frequentemente porque sabes que o podes colocar no sítio correcto de imediato, sem riscos de ficares com o pedal preso. Isto faz das plataformas algo muito útil para os riders novatos que ainda não têm confiança para usar os automáticos. Ponto positivo.

Ao teres liberdade de movimentos do pé, as lesões nos joelhos são mais difíceis de ocorrer. Outro ponto positivo é que, quando há lama, a maioria dos automáticos costumam encher-se de terra e ficar invisíveis, o que não acontece com as plataformas.

Como escolher umas plataformas?

Comecemos pela forma dos pedais. Há de diferentes medidas, com maior ou menor superfície de apoio. Quanto maior seja, mais fácil será encontrar o pedal com o pé, mas é mais fácil que choquem contra algum elemento externo, especialmente em caminhos estreitos. E quanto mais largos, mais pesam. Isto, só por si, já te ajuda a definir o melhor para ti. Para enduro preferimos os que não são demasiado largos e leves. O mesmo não se passa em dirt jump, onde se tira muitos os pés dos pedais e é necessário encontra-los rapidamente. Uns serão completamente planos e outros terão uma ligeira curva côncava na superfície para que os ténis se afundem melhor e fiquem bem presos. Quanto mais finos, mais baixo estará o teu centro de gravidade e maior será a distância livre do solo.

A robustez de construção também é muito importante. Quanto mais duros sejam os materiais e a quantidade usada, mais resistentes serão, mas irão pesar mais. Para fazeres freeride prefere uns pedais robustos que te dêem confiança, mas não para as descidas de competição onde se procura leveza.

Todos os pedais de plataforma têm uns pregos pensados para serem cravados nos ténis. Podem ser parte da estrutura ou podem ser “colocados”. Quanto mais compridos forem, melhor vão agarrar, mas também se dobrarão mais facilmente perante um possível golpe.

Asseguramos-te que uns ténis de borracha muito aderente se irão agarrar ao pedal como se fossem automáticos. Procura sempre uns que seja semi-flexíveis pois se forem muito moles vão acabar por se cravar nos pedais e perderás eficiência no pedal. Se forem muito rígidos não se irão adaptar bem à superfície nem se irão agarrar bem ao pedal.
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