Este domingo realiza-se a 117.ª edição da Paris-Roubaix, uma das mais duras e emocionantes corridas de ciclismo da temporada.
O Eurosport 1 emite a totalidade desta clássica em direto no domingo a partir das 10:00 com comentários de Luís Piçarra, Paulo Martins, Olivier Bonamici e Frederico Bártolo. Ao longo de seis horas e meia de emissão acompanhe este grande espetáculo!
A Paris-Roubaix é uma das mais antigas e emblemáticas clássicas da história, famosa pela sua dureza, devido ao grande número de setores de empedrado que os ciclistas enfrentam. Conhecida também como “Inferno do Norte”, “Rainha das Clássicas” ou “Corrida da Páscoa”, esta corrida é o terceiro dos “Cinco Monumentos” de ciclismo. É, igualmente, a quarta e última das “Clássicas do Empedrado”.
Criada em 1896, tinha inicialmente partida de Paris, estando a meta situada no Velódromo de Roubaix, nos arredores de Lille, cerca de 250 km depois. A partir de 1966, o local de partida mudou para Chantilly, a 50 km da capital francesa, voltando a ser alterado em 1977. Desde então, o arranque acontece em Compiègne, 80 km a Norte de Paris. Ao contrário da Volta à Flandres, a Paris-Roubaix é uma competição onde o fator sorte joga um papel importante. Existe um enorme grau de imprevisibilidade devido ao terreno acidentado, que pode provocar problemas mecânicos e muitas quedas.
Para os amantes da modalidade, esta é a grande oportunidade para ver alguns dos melhores do mundo em estradas que geralmente estão fechadas ao trânsito nos restantes dias do ano. O pelotão chega a ter de superar 29 setores de empedrado, num total de 50 km.
As condições meteorológicas no dia da prova têm uma enorme influência sobre o estado do piso. Quando o sol brilha, os ciclistas têm grandes dificuldades de visibilidade devido à poeira, enquanto em dias de chuva, é a lama que mais lhes complica a vida, tornando o piso escorregadio e propenso a muitas quedas.
Trouée d’Arenberg, Mons-en-Pévèle, Carrefour de l’Arbre ou Quiévy – Saint-Python são alguns dos setores de empedrado mais famosos devido à sua extensão, estado do piso e grau de dificuldade. Ao longo dos anos, “Os Amigos da Paris-Roubaix” têm trabalhado na recuperação de muitos setores de empedrado, que se foram degradando com o passar do tempo.
No ano passado, o triunfo pertenceu ao eslovaco Peter Sagan (Bora – Hansgrohe), que depois de quase seis horas de prova, teve pernas para bater ao sprint o suíço Silvan Dillier num Velódromo de Roubaix completamente cheio. Entrou para o grupo restrito de homens que conquistaram a Paris-Roubaix com a camisola arco-íris de campeão do mundo. Este ano, ambos voltam a marcar presença nesta clássica, junto com outros grandes nomes do pelotão internacional.
Em 116 edições, os belgas venceram 56, os franceses 28 e os italianos 13. O primeiro vencedor da Paris-Roubaix foi o alemão Josep Fischer, em 1896. Os belgas Roger De Vlaeminck (1972, 1974, 1975 e 1977) e Tom Boonen (2005, 2008, 2009 e 2012), com quatro vitórias cada, são os recordistas da competição. A última vitória de um ciclista francês na Paris-Roubaix foi protagonizada por Frédéric Guesdon em 1997. Desde 1977, o troféu do vencedor do Paris-Roubaix é um paralelepípedo.
O antigo ciclista alemão, Jens Voigt, e atual comentador de ciclismo do Eurosport Alemanha explica que qualidades são necessárias para conquistar uma clássica. “A experiência conta muito; e a velocidade não tanto. É necessário ter energia para vencer uma clássica e isso consegue-se através da experiência. Em especial na Paris-Roubaix, onde algo pode sempre correr mal – um erro, um furo ou uma queda à tua frente e de um momento para o outro perdes vinte lugares na classificação. É preciso aprender a não desistir sob qualquer circunstância e não entrar em pânico. Porque a corrida nunca está acabada. Tens de evitar estar completamente exausto durante a corrida, antes do ponto decisivo da mesma”, afirmou Voigt.
Sobre favoritos ao triunfo, Voigt arrisca o nome de John Degenkolb, vencedor das clássicas Milão-Sanremo e Paris-Roubaix em 2015. “Acho que ele pode repetir a vitória na Paris-Roubaix. Ele venceu uma etapa na Volta à França de forma muito convincente no ano passado, e que incluía partes do percurso da clássica Roubaix. Ele está em boa forma, a equipa dele está preparada e é capaz de colocá-lo numa boa posição. Ele é seguramente o ciclista alemão com o maior potencial.”
Não perca a Paris-Roubaix – O Inferno do Norte – este domingo em direto no Eurosport 1, a partir das 10:00 com comentários de Luís Piçarra, Paulo Martins, Olivier Bonamici e Frederico Bártolo.