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O verde é a cor de Fabio Jakobsen (Quick-Step Alpha Vinyl), que hoje ‘bisou’ nesta edição, com um triunfo contundente na chegada a Faro, e deu um passo importante para conquistar a classificação por pontos da 48.ª Volta ao Algarve, “Adoro a cor verde, é a cor dos ‘sprinters’, na minha opinião. Já a vesti na Volta a Espanha, não me importo nada de usá-la e estou feliz por poder levar para casa a camisola verde, se terminar as etapas amanhã [sábado] e depois de amanhã [domingo]”, declarou, visivelmente feliz, o ‘sprinter’ neerlandês, após conquistar a segunda vitória nesta edição e a quarta na ‘Algarvia’.

O verde é a cor do imbatível Fabio Jakobsen
Photo by Luc Claessen/Getty Images

O domínio do ‘rei da regularidade’ da última Vuelta na prova portuguesa, na qual também ganhou a classificação por pontos em 2020, é tão grande que o seu triunfo, na empinada chegada a Faro – a capital algarvia não recebia um final de etapa da Volta ao Algarve desde 2008 -, nunca esteve em causa, com Tim Merlier a ter de contentar-se com o segundo lugar, à frente do francês Bryan Coquard (Cofidis), após um grande trabalho dos seus companheiros da Alpecin-Fenix.

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Ninguém pára Jakobsen, que, hoje, somou o quarto triunfo da temporada e o 29.º da carreira, ao cumprir, na frente do pelotão onde seguia o camisola amarela David Gaudu (Groupama-FDJ) e os seus mais diretos perseguidores, os 211,4 quilómetros da terceira tirada em 04:54.51 horas.

A mais (demasiado) longa etapa da 48.ª edição começou com chuva miudinha, nevoeiro e frio na cidade alentejana de Almodôvar, mas nem as condições invernais, tão distintas daquelas sentidas por estes dias no Algarve, intimidaram os ‘bravos’ da jornada, que saltaram do pelotão logo ao quilómetro 12.

Três quilómetros mais à frente, Samuel Caldeira (W52-FC Porto), Rafael Lourenço (Atum General-Tavira-AP Maria Nova Hotel), Rafael Silva (Efapel), Afonso Eulálio (Glassdrive-Q8-Anicolor), Afonso Silva (Kelly-Simoldes-UDO), Nicolas Sáenz (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados) e Txomin Juaristi (Euskaltel-Euskadi) já tinham conquistado uma margem superior a três minutos, que haveria mesmo de aproximar-se dos sete.

Com o mais bem colocado dos fugitivos na geral, o basco Txomin Juaristi (Euskaltel-Euskadi), a quase 11 minutos, a Groupama-FDJ impôs um ritmo suave na perseguição, assumida a 45 quilómetros da meta pelas equipas dos ‘sprinters’.

Na aproximação à contagem de quarta categoria de Bengado (km 188,8), Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados, de João Matias, e Rádio Popular-Paredes-Boavista, de Hugo Nunes, assumiram a dianteira do pelotão, na tentativa de anular a fuga e ‘entregar’ os pontos da montanha aos seus homens – a missão foi bem-sucedida, com Matias a recuperar a camisola azul que perdeu no alto da Fóia para Gaudu.

Decidida a luta pela classificação da montanha, a ‘status quo’ voltou à corrida, com a Alpecin-Fenix de Tim Merlier a alinhar o seu ‘comboio’ para lançar o belga, que não teve pernas para aquele que, muito provavelmente, é o melhor ‘sprinter’ da atualidade.

“Lancei o meu ‘sprint’ a 200 metros da meta, juntamente com Coquard – penso que é um ciclista que também pode ganhar numa chegada como esta – e dei o máximo até à linha. Via o Tim Merlier atrás de mim, mas ele não conseguiu passar-me pela esquerda. Estou feliz por ter vencido”, resumiu o neerlandês de 25 anos, que trocou um cumprimento com o seu opositor belga mal cruzaram a meta.

Antes do decisivo contrarrelógio de 32,2 quilómetros de sábado, a ser percorrido entre Vila Real de Santo António e Tavira, a geral não sofreu alterações: Gaudu continua de amarelo, com um mero segundo de vantagem sobre Brandon McNulty (UAE Emirates), Ethan Hayter (INEOS) e Remco Evenepoel (Quick-Step Alpha Vinyl), os homens que estão imediatamente atrás de si na classificação e que são os grandes candidatos a destroná-lo no exercício contra o cronómetro.

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