Criada em 1896, tinha inicialmente partida de Paris, estando a meta situada no Velódromo de Roubaix, nos arredores de Lille, cerca de 250 km depois. A partir de 1966, o local de partida mudou para Chantilly, a 50 km da capital francesa, voltando a ser alterado em 1977. Desde então, o arranque acontece em Compiègne, 80 km a Norte de Paris. Ao contrário da Volta à Flandres, a Paris-Roubaix é uma competição onde o fator sorte joga um papel importante. Existe um enorme grau de imprevisibilidade devido ao terreno acidentado, que pode provocar problemas mecânicos e muitas quedas.
Para os amantes da modalidade, esta é a grande oportunidade para ver alguns dos melhores do mundo em “estradas” que geralmente estão fechadas ao trânsito nos restantes dias do ano. O pelotão chega a ter de superar 29 setores de empedrado, num total de 50 km.
As condições meteorológicas no dia da prova têm uma enorme influência sobre o estado do piso. Quando o sol brilha, os ciclistas têm grandes dificuldades de visibilidade devido à poeira, enquanto em dias de chuva, é a lama que mais lhes complica a vida, tornando o piso escorregadio.
Trouée d’Arenberg, Mons-en-Pévèle, Carrefour de l’Arbre ou Quiévy – Saint-Python são alguns dos setores de empedrado mais famosos devido à sua extensão, estado do piso e grau de dificuldade. Ao longo dos anos, “Os Amigos da Paris-Roubaix” têm trabalhado na recuperação de muitos setores de empedrado, que se foram degradando com o passar do tempo.
No ano passado, o triunfo pertenceu ao australiano Matthew Hayman, batendo ao sprint, no Velódromo de Roubaix, o belga Tom Boonen e o britânico Ian Stannard.
Em 114 edições, os belgas venceram 50, os franceses 30 e os italianos 11. O primeiro vencedor da Paris-Roubaix foi o alemão Josep Fischer, em 1896. Os belgas Tom Boonen (1972, 1974, 1975 e 1977) e Roger De Vlaeminck (2005, 2008, 2009 e 2012), com quatro vitórias cada, são os recordistas da competição.
Nos anos de 1915 a 1919 e entre 1940 e 1942, as Grandes Guerras impediram a realização da prova.
Desde 1977, o troféu do vencedor do Paris-Roubaix é um paralelepípedo.