O residente de Graubünden, Nino Schurter e o seu companheiro da equipa SCOTT-SRAM, Lars Forster venceram na etapa de abertura do Swiss Epic 2020.
O percurso de 60 quilómetros, que começou e terminou em Laax, proporcionou amplos trilhos técnicas para a dupla suíça exercer o seu domínio.
O Swiss Epic 2020 começou em Laax na terça-feira, 18 de agosto. Graubünden, cantão anfitrião da corrida e patrocinador do título, não podia esperar um resultado melhor; uma vez que Nino Schurter, natural da região, venceu a etapa de abertura. Schurter e o seu companheiro da equipa SCOTT-SRAM, Lars Forster, estavam numa classe própria quando os trilhos começaram a apontar pra baixo.
No entanto, tiveram que batalhar pelo direito de dominar os trilhos simples. A Centurion Vaude ganhou a luta dos favoritos na primeira grande subida da corrida. Subindo de cerca dos 1200 metros acima do nível do mar, para os 2456 metros; a subida para a estação de esqui de Crap Masegn veio cedo demais para ser decisiva. No entanto, Daniel Geismayr e Ben Zwiehoff fizeram o possível para que isso acontecesse.
No cume, a dupla Centurion Vaude detinha uma vantagem de 34 segundos sobre o grupo perseguidor. Na descida técnica pelo Segnas Plateau, passando pelo Vorab Glacier e pela Tectonic Arena Sardona, eles perderam rapidamente tempo e, eventualmente, a liderança da corrida. Apesar dos melhores esforços de Geismayr e Zwiehoff, Schurter e Forster eram simplesmente mais rápidos sempre que as trilhas ficavam enraizadas ou rochosas.
“A primeira grande subida foi difícil” admitiu Schurter, confessando não ser capaz de igualar Geismayr e Zwiehoff. “Sabíamos que não seríamos os mais fortes nas subidas longas. Então, gerimos o ritmo o melhor que podíamos e esforçámo-nos para liderar o grupo de perseguição na primeira descida.” Ai, puderam explorar o conhecimento local de Schurter. O múltiplo campeão mundial reside a apenas 25 quilómetros de Laax, na capital administrativa de Graubünden, Chur.
“O conhecimento local foi uma grande vantagem hoje”, acrescentou o craque da SCOTT-SRAM. “Eu conhecia muitos dos trilhos. Nem todos, mas o suficiente para fazer a diferença. Conseguimos tirar o tempo aos nossos rivais nas descidas técnicas. As condições eram excecionalmente difíceis, com o derretimento da neve a molhar as raízes e as pedras nos trilhos naturais, mas isso combinava com nossos pontos fortes”.
Tendo ultrapassado a Centurion Vaude após 24 quilómetros de corrida, Schurter e Forster começaram a trabalhar para ampliar a sua liderança. Geismayr e Zwiehoff, por sua vez, foram logo apanhados e ultrapassados pela equipa Trek-Pirelli 1, de Fabian Rabensteiner e Samuele Porro. O quarteto passou a maior parte dos 30 quilómetros finais lutando entre si pela segunda posição, ao mesmo tempo em que tentava limitar as suas perdas para a SCOTT-SRAM.
No entanto, não havia como parar Schurter e Forster. A SCOTT-SRAM cruzou a linha num tempo de 3 horas, 1 minuto e 9 segundos. Atrás deles, a Trek-Pirelli ultrapassou a Centurion Vaude, conquistando o segundo lugar por apenas 6 segundos. A seleção italiana, que conta com um dos campeões em título, Rabensteiner, na sua formação, terminou 1 minuto e 19 segundos atrás dos vencedores da etapa.
Num resultado surpreendente, a BULLS Youngsters foi a quarta equipa a cruzar a linha. Martin Frey e Simon Schneller foram 7 minutos e 10 segundos mais lentos do que a SCOTT-SRAM, mas ficaram 1 minuto e 30 segundos à frente dos mais esperados BULLS Heroes. Dividindo as duas equipas BULLS estava a equipa Future Cycling Northwave, de Kristian Hynek e Martin Stošek, em quinto lugar.
Melhores momentos da 1ª Etapa do Swiss Epic:
Na quarta-feira, 19 de agosto, a Etapa 2 do Swiss Epic 2020 leva a corrida de Laax a Arosa. O percurso contorna um dos marcos mais icónicos de Graubünden, a Rhine Gorge. É um dia repleto de subidas, acumulando 2600 metros de altitude em 75 quilómetros.
O facto encorajador para os rivais de Schurter e Forster vem na forma de a subida final com o seu topo a apenas a 5 km da linha de chegada. A falta de singletracks técnicos entre Rot Tritt, a 2007 metros acima do nível do mar, e Arosa deve anular a formidável vantagem técnica da SCOTT-SRAM.