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As negociações para assegurar a continuidade da Katusha Alpecin estão em curso, confirmou José Azevedo, escusando-se, contudo, a entrar em detalhes, mas assumindo que a incerteza sobre o futuro afetou os ciclistas durante o Tour.

“Durante o Tour, estivemos em negociações. As negociações foram avançando, mas não há decisão nenhuma”, esclareceu o ‘manager’ português da equipa russa, que corre com licença suíça.

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José Azevedo disse não poder “entrar em detalhes”, mas revelou que “há possibilidades que existem” e que estão a ser trabalhadas por pessoas da sua equipa, mostrando-se esperançoso que as negociações “acabem de uma forma positiva”.

A notícia de que a Katusha Alpecin iria extinguir-se no final do ano, devido à debandada de patrocinadores – um deles a Alpecin -, foi avançada pelo L’Équipe durante a primeira semana da 106.ª Volta a França e prontamente desmentida pelo português, que taxou de “rumor” o cenário negro descrito pelo diário desportivo francês.

No entanto, a incerteza quanto ao futuro, reconheceu Azevedo, afetou a performance dos ciclistas da equipa na prova que terminou no domingo em Paris.

“É o futuro das pessoas e o seu trabalho que está em causa. É lógico que ninguém se consegue abstrair disso a 100%. O que nós tentámos sempre foi fazer com que os corredores se focassem na competição, fazê-los entender que os resultados ajudavam. Independentemente de a equipa continuar ou não, para eles, a nível individual, os resultados só ajudam”, observou.

Os responsáveis da formação tentaram, sem sucesso, motivar os corredores, lembrando-os de que estavam na melhor prova do Mundo, aquela onde mais ambicionavam e desejavam estar, e instando-os a não desperdiçarem a oportunidade.

“Não podemos dizer que estamos contentes com os resultados. Uma equipa como a nossa, não pode terminar um Tour sem um resultado, que é o caso”, lamentou Azevedo.

Para o português, é impossível fazer um balanço positivo do desempenho coletivo da sua formação, mesmo depois de ter abdicado de lutar por um lugar na geral com o seu chefe de fila, o russo Ilnur Zakarin, que ainda assim foi o melhor da Katusha na geral individual, na 51.ª posição, a quase duas horas do vencedor, o colombiano Egan Bernal (INEOS).

“Sabíamos que o Ilnur ia ser uma incógnita, não sabíamos se ia estar ou não recuperado do Giro. Nos primeiros dias, vimos que não. A partir daí, as etapas começaram a ser o nosso objetivo. Estivemos muitas vezes nas fugas, mas, na realidade, não houve nenhum dia em que estivéssemos na luta, até ao risco, pela etapa”, concedeu.

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