Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira) é o primeiro Camisola Amarela da 35ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola. O italiano de 39 anos, mais forte a entrar na curva de aproximação à reta da meta, surgiu ligeiramente isolado e lançou-se para uma vitória inequívoca na etapa inaugural da “Alentejana” que ligou, esta quarta-feira, 22 de fevereiro, Portalegre a Castelo de Vide. No empedrado do centro da vila medieval, a concluir a etapa mais montanhosa desta edição, Nocentino bateu o espanhol Eduard Prades (Caja Rura-RGA) e Carlos Barbero (Movistar).
Há mais de cinco anos sem vencer uma etapa, o corredor leonino muito festejado com os abraços do diretor desportivo, Vidal Fitas, e dos colegas de equipa respondia aos jornalistas. “Tenho uma equipa muito forte e o que nos assenta melhor são as etapas com montanha. Sabia que havia muitos corredores fortes no sprint como Barbero e Prades e optei por não arriscar muito, mas a 150 metros da meta decidi atacar e foi o momento exato!” Nocentini estava em êxtase. “Esta vitória foi muito importante porque faço 40 anos em setembro e não estava fácil.”
Com as bonificações de chegada, o italiano tem à partida para o segundo dia de prova a vantagem de quatro segundos sobre Eduard Prades, enquanto que Carlos Barbero, vencedor no Alentejo em 2014, está a seis segundos.
A somar ao símbolo maior da “Alentejana”, a Camisola Amarela Crédito Agrícola, Rinaldo Nocentini acumulou os pontos que lhe valeram também a Camisola Preta Kia. O holandês Jasper de Laat (Metec-TKH Continental Cyclingteam) veste Branco RTP, símbolo da juventude. Numa etapa marcada pelo acidentado do percurso na passagem pelo Parque Natural da Serra de S. Mamede com quatro Prémios de Montanha, o colombiano Aldemar Reyes (Manzana Postobón) acumulou pontos que o destacam na classificação da Camisola Castanha Delta Cafés, destinada ao melhor trepador.
“Etapa de Montanha” discutida ao Sprint
Com sol à espreita e a Avenida da Liberdade animada pelos cantares da terra, Portalegre festejou a preceito os primeiros momentos da “Alentejana”. Foram muitos os que viram alinhar os 150 corredores das 19 equipas que estão no Alentejo. Entre fugas mais ou menos longas, a história da etapa resume-se a um grupo de cerca de 40 elementos destacados a cinco quilómetros da meta, os mesmos que entraram no empedrado de Castelo de Vide para discutir o sprint e a vitória de etapa.
De Monforte a Portel
Após a tirada mais montanhosa, no norte alentejano, o pelotão da 35ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola vai começar a rasgar as estradas da planície, entre Monforte e Portel, com o “Grande Lago” Alqueva, como pano de fundo. A partida de segunda etapa vai acontecer, esta quinta-feira, no Parque Desportivo Municipal de Monforte às 11h50. O percurso de 171,3 quilómetros será pontuado pelas metas volantes em Borba, Redondo e Reguengos de Monsaraz e terá um único prémio de montanha em Monsaraz antes de ser concluído em Portel, por volta das 16 horas.