O piloto da Miranda Racing Team Karim Amour venceu ontem a quarta série do Enduro World Series (EWS), em Masters.
A prova realizou-se este fim-de-semana entre a Áustria (Petzen) e Eslovénia (Jamnica), sendo a primeira vez na história do evento que foram abrangidos dois países numa única prova, por tratar-se de toda uma região muito rica em trilhos.
Em femininos, a francesa Mélanie Pugin, que após a estreia no EWS em França correu estes dois dias pela segunda vez pela equipa, voltou a fazer o 4.º lugar na Geral em Elite.
Também na categoria de Elite, mas masculinos, o português José Borges terminou no 19.º lugar e Alex Cure, em virtude de problemas físicos e mecânicos, foi atirado para as últimas posições da classificação Geral.
Em termos coletivos, o trabalho dos quatro elementos da equipa internacional de Enduro da Miranda&Irmão levou ao 3.º lugar no ranking da Classificação Geral por Equipas, nesta edição do EWS, que decorreu entre 30 de junho e 1 de julho. Para Karim Amour, que além de atleta em Masters é também o líder da Miranda Racing Team, “foi um fim-de-semana incrível para a equipa, onde todos deram o seu melhor”.
Karim Amour, que mantém a liderança do EWS em Masters, após ter ganho a primeira e a segunda etapas, realizadas na América do Sul, no Chile e na Colômbia, respetivamente, voltou ontem ao pódio: “Corri a quarta temporada do EWS atrás do primeiro lugar. Apostei tudo na última especial, onde poderia tirar vantagem de Mickael Broderick. Acabei por vencer a última etapa e a corrida também, o que me permite continuar a liderar o ranking em Masters”, concluiu, satisfeito com o seu desempenho.
Já Mélanie Pugin, que voltou a não subir ao pódio por muito pouco, fez a 4.ª posição na Elite feminina. A atleta promete manter o “bom trabalho e concentrar energias nas próximas provas”. Para Karim Amour, esta é apenas “uma confirmação muito positiva e que prova a todos que a corrida em Olargues – Montagnes Du Caroux, França, não foi apenas uma estreia e apresentação. A quarta série mostrou a sua excelente forma e desempenho, comprovando que a atleta está focada e a trabalhar na direção certa”.
Borges, que não foi além do 19.º lugar na Geral, voltou a sofrer contratempos que o impediram de fazer melhor. O português explicou que no primeiro dia de corrida não começou da melhor maneira. “Tive um dia como nunca antes. Sentia-me bastante cansado, não tendo conseguido imprimir o meu andamento”. Contudo, no segundo dia (ontem) “já correu melhor. Nas duas primeiras especiais consegui rodar no Top 10, mas um problema mecânico na última especial não me deixou ir além do 19.° lugar no final do dia”.
Alex Cure, embora tenha finalizado a prova, voltou a não sentir-se bem fisicamente. Na tentativa de chegar aos bons resultados, o francês lutou pela sua oportunidade mas ao correr no limite acabou por sofrer quedas, que o levaram para as posições mais distantes dos lugares cimeiros.
O quarto EWS foi uma corrida transfronteiriça e que ficou na história desta competição internacional de Enduro. Não foi apenas a primeira vez que uma corrida do EWS cruzou fronteiras – abrangendo tanto a Áustria como a Eslovénia –, houve muito mais. Houve, até, uma ligação subterrânea.
O próximo desafio da Miranda Racing Team é já no fim-de-semana, com a corrida Megavalanche 2018, que arranca hoje e termina domingo, 8 de julho. A etapa mais famosa é executada a partir da cidade de Alpe D’Huez, que começa no topo glaciar do Pic Blanc (3.300 metros) e desce até aos exuberantes prados em Allemont. É a segunda participação da equipa da Miranda&Irmão, que se estreou o ano passado nesta corrida.