O piloto da Miranda Racing Team José Manuel Borges conquistou a segunda posição da Classificação Geral da corrida Megavalanche 2018, em Elite.
A 23.ª edição da Megavalanche Alpe d’Huez, ao contrário do ano passado, contou com muita neve, que veio trazer ainda mais emoção e adrenalina à corrida considerada uma das mais famosas e inesquecíveis do mundo. Com a partida do topo glaciar do Pic Blanc (3.300 metros), houve pilotos que desceram a mais de 100 km/ hora, alguns em apenas 39 minutos, para concluir os 3320 metros de um percurso acidentado e desafiante a cada metro.
Esta é a segunda participação da equipa internacional da Miranda&Irmão, que se estreou o ano passado na corrida, sendo também a segunda vez que José Borges se aventurou para chegar ao pódio. E conseguiu. O português recorda que há 12 anos viu a corrida pela primeira vez na televisão e foi o pai que disse que um dia seria a sua vez: “Assim foi. O ano passado fiz a minha estreia na Megavalanche. Digamos que foi uma espécie de ‘meia corrida’ porque a partida não foi feita do glaciar, devido às péssimas condições meteorológicas, o que foi uma pena. Acabei em 4.º lugar com um sabor agridoce”, explicou.
José Borges, após um bom arranque, na primeira curva caiu e deslizou pela neve fora. Ainda conseguiu levantar-se rápido e seguir caminho, mas perdeu segundos preciosos. “Percebi que nos quilómetros seguintes já estava na segunda posição. A partir daí foi gerir todo o esforço e manter aquele lugar até ao fim”, relatou o piloto, para quem este é “um sonho quase realizado”. Porque “como atleta profissional que sou, o objetivo é sempre o lugar mais alto do pódio. Tentaremos em 2019”, rematou.
Além de atleta, Karim Amour lidera a Miranda Racing Team. Enquanto mentor da equipa referiu que Borges “teve um ótimo desempenho” ao terminar na segunda posição em Elite, em especial por ter participado em apenas duas edições. “Normalmente, para este tipo de corrida, é necessário ter muita experiência. É uma prova muito dura fisicamente mas que requer muita inteligência e estratégia também. Tenho muito orgulho em ajudar o José Borges a crescer e partilhar a minha experiência com ele”.
O piloto francês entende que este tipo de corrida é realmente difícil e por isso “permite testar o material, sobretudo a pedaleira XMOD em carbono, que toda a equipa tem a oportunidade de testar nas condições mais extremas”, um ponto que considera muito positivo.
O próximo desafio da Miranda Racing Team chega com o quinto EWS, em La Thuile (Itália), dias 21 e 22 de julho. Para Karim Amour são objetivos chegar ao pódio da Elite feminina, com Mélanie Pugin e ficar no Top 5 com os pilotos Elite masculinos: José Borges e Alex Cure.