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Joni Brandão (W52-FC Porto) venceu hoje a Clássica Aldeias do Xisto, uma viagem de 142,1 quilómetros entre as aldeias da Benfeira, Arganil, e do Fajão, Pampilhosa da Serra, pontuável para a Taça de Portugal Jogos Santa Casa.

Joni Brandão venceu a Clássica Aldeias do Xisto
Photo © João Fonseca Photographer

A corrida ficou marcada pela exigência do traçado, atravessando a serra do Açor, mas também pela chuva intensa e pelo frio, que foram obstáculos de monta para o pelotão nacional de equipas continentais e de clube.

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Os primeiros 100 quilómetros, em ritmo vivo, não permitiram a formação de fugas. Mas a primeira das três montanhas dos 40 quilómetros finais, na Cerdeira, deu azo à formação de um grupo de dez unidades que esteve na génese da decisão da corrida.

Joni Brandão venceu a Clássica Aldeias do Xisto
Photo © João Fonseca Photographer

As equipas com maiores possibilidades de lutarem pelo triunfo colocaram homens em posição avançada, visando ajudar os chefes-de-fila, que atacariam mais tarde. A movimentação dos favoritos aconteceu na segunda e mais difícil das subidas pontuáveis para a classificação da montanha.

Foi nos Cêpos que Joni Brandão e José Neves (W52-FC Porto), Tiago Antunes e Joaquim Silva (Tavfer-Measindot-Mortágua) e Frederico Figueiredo (Efapel) fizeram a “ponte” para a cabeça de corrida, onde, dos dez fugitivos iniciais apenas resistiram Ricardo Vilela (W52-FC Porto) e Pedro Andrade (Hagens Berman Axeon).

Os 2500 metros da subida para a meta, disputados sob uma violenta carga de água, permitiram que se destacassem ligeiramente três corredores. Frederico Figueiredo foi o primeiro a atacar, à entrada dos últimos 200 metros, mas não surpreendeu Joni Brandão, que seria vencedor ao fim de 3h43m08s de prova. Tiago Antunes gastou mais 4 segundos e Frederico Figueiredo ficou a 6 segundos da glória.

“Tive uma pequena distração, quando se deram as movimentações decisivas, e quase que pagava caro por isso, mas consegui chegar à frente, embora um pouco ‘justo’. Mas os meus companheiros trabalharam para eu me poupar para a parte final. Só tive de rematar. É sempre marcante quando ganhas pela primeira vez pela nova equipa. A vitória é da W52-FC Porto que me ajudou a vencer. Foi um dia muito duro, com condições climatéricas muito difíceis. A isso juntou-se o terreno, sempre de sobe e desce. Acabámos por salvar bem o dia e ganhar, que era o mais importante”, resumo Joni Brandão.

A participação na primeira fuga e a capacidade de manter-se entre os melhores rendeu a Pedro Andrade o título de melhor jovem do dia, terminando no sétimo lugar, a 10 segundos do vencedor. Ricardo Vilela também foi premiado pela ousadia de escapar, acabando como rei dos trepadores. A W52-FC Porto triunfou por equipas.

O pelotão português volta à estrada no próximo domingo, dia da Clássica da Arrábida, prova do calendário internacional.

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