O ciclista João Rodrigues (W52-FC Porto) reconheceu que cumpriu um “sonho” de criança ao vencer a Volta a Portugal, mas traçou como novas metas ser campeão nacional e chegar ao primeiro escalão mundial (Worldtour).
“È claro que tenho [novos sonhos], nunca escondi que gostava de ser campeão nacional, é um motivo de orgulho andar durante toda a época com as cores do nosso país, e é claro que gostava de subir ao escalão mais alto do ciclismo, numa das melhores equipas do mundo, isso para mim era ter quase todos os meus sonhos concretizados”, afirmou o ciclista oriundo da localidade serrana algarvia de Faz Fato, freguesia de Conceição de Tavira.
O vencedor da Volta de 2019 admitiu ter conhecimento de que o seu trabalho já é mais conhecido entre os responsáveis das equipas do ‘Worldtour’, mas sublinhou que “não há contactos” com nenhuma formação.
João Rodrigues disse, no entanto, que “gostava de sair o mais rápido possível”, mas mostrou-se satisfeito com a por representar o W52-FC Porto.
“Não estou com pressa de sair, estamos no segundo escalão do ciclismo, estou na melhor equipa em Portugal, uma equipa que me acarinha bastante, que gosta de mim e quer que eu esteja lá, sinto-me em casa e em família, e enquanto eu for acarinhado e eles quiserem que me mantenha lá, vou continuar”, contrapôs.
Entretanto, João Rodrigues vai seguir a mesma estratégia que o trouxe até ao triunfo na Volta, apostado em “evoluir nos pontos mais fracos” e “tentar sempre aprender com os mais velhos”.
Jorge Botelho elogiou o percurso de João Rodrigues “desde amador até profissional” no Clube de Ciclismo de Tavira, onde se formou, e expressou todo “o orgulho que o concelho, com forte ligação ao ciclismo, sentiu” com este triunfo.
“Em Tavira, o ciclismo é desporto rei, e o João Rodrigues é merecedor desta homenagem”, disse ainda o autarca durante a homenagem ao ciclista, que contou com a participação de família, amigos e antigos treinadores e companheiros e na qual se fez acompanhar pelos seus principais aliados nesta Volta a Portugal, os colegas de equipa Samuel Caldeira e Ricardo Mestre.
João Rodrigues agradeceu o reconhecimento que lhe foi atribuído e destacou o contributo do Clube de Cislismo de Tavira para a sua “formação como ciclista e homem”, depois de um interregno que o levou ao futebol e que o fez “regressar, em boa hora, ao ciclismo”.