João Almeida (Deceuninck-QuickStep) conquistou a geral da 81.ª edição da Volta ao Luxemburgo, após a quinta e última etapa, na qual foi segundo atrás do francês David Gaudu (Groupama-FDJ).
Almeida, que este ano já venceu a Volta à Polónia, somou novo triunfo numa prova por etapas ao acabar com 46 segundos de vantagem para o suíço Marc Hirschi (UAE Emirates), segundo, e 1.05 minutos para o italiano Mattia Cattaneo, seu colega de equipa na Deceuninck-QuickStep.
Na última etapa, Gaudu bateu o luso ao ‘sprint’ pela vitória, alcançada em 4:30.58 horas, necessárias para cumprir os 183,7 quilómetros entre Mersch e a cidade do Luxemburgo. O também gaulês Pierre Latour (Total Energies) foi terceiro.
O português de 23 anos, campeão nacional de contrarrelógio, venceu duas etapas e a geral final na Polónia e, no Luxemburgo, venceu no primeiro dia, perdeu a camisola amarela na segunda etapa e recuperou-a no ‘crono’ da quarta tirada, confirmando o triunfo no último dia, em que selou também o primeiro lugar na classificação da juventude e dos pontos.
O jovem de A-dos-Francos (Caldas da Rainha) já era o terceiro português a vencer no Luxemburgo, depois de Joaquim Agostinho, em 1969, e Acácio da Silva, em 1983 (ganhou ainda o prólogo de 1990), e hoje confirmou as expectativas de antes do arranque da prova, em que era apontado como um dos principais favoritos, se não o principal, à vitória, ao tornar-se o primeiro luso a arrebatar a geral final.
A etapa foi muito movimentada, primeiro pela fuga do dia e depois por várias tentativas de ataque já após a última passagem pela meta antes do final.
Nessa fase, muito atacada, foi o próprio português, depois do ritmo alto imposto pelos colegas de equipa durante os últimos quilómetros, a fechar vários ataques, chegando mesmo a isolar-se, com Hirschi e outro pretendente, mas acabaram por abrandar, com Gaudu a ser mais forte no ‘impulso’ final até à meta.
O segundo lugar, de qualquer forma, mais do que chegou para garantir a vitória final, consolidando a margem também na tabela dos pontos, com a Almeida a sair do Luxemburgo com três camisolas diferentes.
Num país de forte implantação da diáspora lusa, ainda não tinham passado cinco minutos da vitória e, enquanto bebia água e descansava, já sorria e era cumprimentado por colegas de equipa e rivais, com uma mão no guiador da bicicleta já ‘adornada’ com a bandeira nacional.
A época de 2021, que será de despedida da Deceuninck-QuickStep, a caminho da UAE Emirates, tem dado a João Almeida uma série de bons resultados, do sexto lugar final na Volta a Itália ao título nacional do ‘crono’.
Estreou-se, depois, a vencer no WorldTour na Volta a Polónia, com duas etapas e a geral final, e mostrou boas pernas nos Europeus de estrada, sendo 14.º na prova de fundo, seguindo em bom plano antes dos Mundiais de estrada, que arrancam no domingo.
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