Arnaud Démare (Groupama-FDJ) venceu hoje a quarta etapa na 103.ª edição do Giro d’Italia João Almeida (Deceuninck-Quick Step) continua de rosa.
Démare, que já tinha triunfado no quarto, sexto e sétimo dias, concluiu os 182 quilómetros entre Porto Sant’Elpidio e Rimini em 4:03.52 horas, batendo ao ‘sprint’ o eslovaco Peter Sagan (BORA-hansgrohe), segundo, e o colombiano Álvaro José Hodeg (Deceuninck-Quick Step), terceiro.
O dia não produziu alterações nos primeiros lugares da geral, com Almeida, após cortar a meta em 22.º lugar, a manter-se na liderança, com 34 segundos de vantagem para o segundo classificado, o holandês Wilco Kelderman (Sunweb), e 43 para o terceiro, o espanhol Pello Bilbao (Bahrain-McLaren).
No ‘sprint’ final, que teve como outro destaque a ‘desistência’ do colombiano Fernando Gaviria (UAE Emirates), que se sentou na bicicleta após ver que tinha ficado para trás, acabando em sétimo, Démare não deu hipóteses e venceu Sagan por mais de uma bicicleta de distância.
Atrás, a disputa pelo pódio foi renhida, com o italiano Simone Consonni (Cofidis) a ficar de fora por pouco, tendo sido inicialmente pensado que teria ficado no pódio, que acabou por ocupar Hodeg.
O ‘póquer’ de vitórias de Démare, que entrou na última curva já na frente, dissipando quaisquer dúvidas de que iria estender o seu domínio nos ‘sprints’ do Giro, foi descrito pelo próprio como “realmente impressionante”.
“Toda a equipa trabalhou para mim, tiveram de perseguir a fuga e estabelecer um ritmo muito alto. Depois, tivemos de estar bem em todas as curvas apertadas na cidade, toda a gente esteve bem. No fim, lancei o ‘sprint’ e sabia que havia quem quisesse ir à volta, mas fui o mais forte”, comentou.
Sem rodeios, o francês explicou que nunca pensou “conseguir quatro etapas”, mas que “o trabalho está a render”, o próprio e o de toda a equipa, significando que estende a liderança sobre Sagan na classificação por pontos, mesmo depois da fuga vitoriosa do eslovaco na 10.ª etapa.
A fuga do dia parecia nem sequer ameaçar chegar a Rimini isolada, não fosse pelo esforço solitário de Sander Armée, uma vez que o belga da Lotto Soudal só foi apanhado a seis quilómetros da meta, quando se temia no pelotão que conseguisse seguir até final num esforço de contrarrelógio.
Com chegada compacta, tudo o que João Almeida precisava de fazer era uma boa colocação, à prova de perdas de tempo ou quedas, e o português fez isso mesmo, com um 22.º lugar na etapa ao lado dos restantes favoritos à geral final.
Rúben Guerreiro foi hoje 99.º classificado, a 2.12 minutos do vencedor do dia, mas mantém-se na liderança da montanha, que na 12.ª etapa terá mais cinco contagens pontuáveis, garantindo mais um dia no pódio ao lado de João Almeida e de Démare.
Na quinta-feira, a 12.ª etapa começa e termina em Cesenatico, com 204 quilómetros e cinco contagens de montanha, três de terceira e duas de quarta categoria.