João Almeida (Deceuninck Quick-Step), que hoje reforçou a liderança do Giro d’Italia, ao ser terceiro classificado na quinta etapa da prova, disse que estava “preparado para o pior”, numa tirada “longa e dura”.
“Estava preparado para o pior. Tenho comigo uma super-equipa, toda a gente esteve comigo, a puxar por mim. No fim, tive de ir tentar ganhar mais alguns segundos”, explicou aos jornalistas o líder da geral individual.
Na etapa, ganha pelo italiano Filippo Ganna (INEOS), Almeida foi terceiro e bonificou quatro segundos, ampliando a liderança na geral, na qual é agora perseguido pelo espanhol Pello Bilbao (Astana), a 43 segundos, após o distanciamento do equatoriano Jonathan Caicedo (Education First).
Mesmo num final “um bocado de loucos”, este reforço da ‘maglia rosa’ dá-lhe mais confiança, admitiu, e também “mais margem”, ainda que queira continuar a encarar a estreia no ‘Giro’, a primeira grande Volta da carreira, “dia a dia”.
Questionado sobre se poderia levar a camisola rosa até Milão, palco da última etapa, o português sorriu: “Quem sabe? Nada é impossível”, atirou.
Ao conservar a liderança da geral, Almeida, de 22 anos, vai vestir de rosa um terceiro dia, o máximo que um português já conseguiu na prova, ultrapassando o feito de Acácio da Silva há 31 anos.
Na quinta-feira, a sexta etapa liga Castrovillari a Matera ao longo de 188 quilómetros, apenas com uma contagem de subida de terceira categoria, numa chegada à cidade onde Acácio da Silva venceu a primeira das cinco tiradas conquistadas no Giro, em 1985.