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Jasper Stuyven (Trek-Segafredo) venceu ao sprint Yves Lampaert (Deceuninck-Quick Step), para conquistar a vitória na primeira clássica da época, a Omloop Het Nieuwsblad.

Photo by Tim de Waele/Getty Images

“O ano passado foi um desastre, mas este ano estamos a começar bem. Hoje mostramos, como equipa, que o ano passado foi um contratempo. Temos um bom grupo e terminamos a temporada passada muito bem, com Mads a vencer o Campeonato do Mundo. Ficámos realmente motivados para manter a mesma dinâmica este ano e provamos hoje que funcionou muito bem “, disse Jasper Stuyven.

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O grupo de ciclistas que iria discutir a corrida formou-se talvez inesperadamente cedo, a 65 quilómetros da meta, mas não para Stuyven, que mostrou sua perspicácia ao atacar na altura certa.

“Na reunião da equipa, antes da corrida, previmos que a seleção principal podia acontecer cedo, devido à meteorologia e porque, com ventos laterais desde o inicio da corrida, já havia desgaste natural no pelotão”, explicou Stuyven. “Mantive-me sempre atento e vi um grupo a sair, nessa altura notei que todas as grandes equipas estavam lá. Senti que era muito importante ir com eles e não ficar na espectativa. Então ouvi imediatamente no rádio que o pelotão atrás estava a ficar mais lento, por isso este era um bom grupo para ir até à meta”.

Foi um grupo forte de oito ciclistas que se afastou e que nunca baixou os braços, mantendo uma vantagem de dois minutos nos últimos 50 quilómetros, mesmo quando houve um esforço maior na perseguição.

Mas ainda era necessário ultrapassar o Muur. A subida icónica voltou a ser decisiva, no topo, apenas três ciclistas surgiram: Stuyven, Lampaert e Soren Kragh Andersen, da Sunweb.

“Steven (de Jongh, diretor) incentivou-me a atacar o Muur”, continuou Stuyven. “Eu não me estava a sentir o mais forte, mas também sabia que estávamos todos cansados. No início do Muur ninguém acelerou, pensei em tentar acelerar e ver o que acontecia no topo – só olhei para trás quando cheguei ao topo. Acho que consegui uma boa distância”.

Chegando aos dois quilómetros finais, Lampaert e Stuyven trocaram ataques, expulsando Andersen, mas não um ao outro, a vitória decidiu-se num duelo ao sprint.

“Depois [do Muur] Soren não colaborava e eu não tinha certeza se ele estava a morrer ou a fazer “bluff”, então foi difícil – eu não queria fazer a maior parte do trabalho; não tinha certeza que batia Yves no sprint, mas geri bem.”, acrescentou Stuyven.

“Steven disse-me: ‘é o teu dia, és o mais rápido’, ‘o Yves também me dizia, ‘és o mais rápido ‘, mas eu não queria demasiado confiante. Eu não tinha 100% de certeza de que venceria Yves no sprint, mas consegui.”

“Quando iniciamos o sprint, Yves estava à esquerda da minha roda, então fui um pouco mais para a esquerda e mantive minha posição. Consegui fechar bem a porta”.

Foi uma grande vitória para Jasper Stuyven e para a Trek-Segafredo depois de dois anos a seco nas Clássicas.

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