O ciclista belga Tim Wellens (Lotto Fix All) foi hoje o mais forte na quarta etapa da Volta a Itália, em Caltagirone, subindo ao quarto lugar da classificação geral, que continua a ser liderada pelo australiano Rohan Dennis (BMC).
Depois de duas vitórias do italiano Elia Viviani (Quick Step-Floors), ainda em solo israelita, foi Wellens a triunfar no primeiro de três dias na Sicília, num triunfo que valeu ao belga a subida ao quarto lugar da geral.
Gonçalves caiu para a 11.ª posição da geral, a 36 segundos de Dennis, depois de ter sido 39.º na tirada, a 27 segundos de Wellens.
Apenas dois ciclistas conseguiram ganhar as três provas de forma consecutiva: Merckx venceu o Giro de 1972, o Tour de 1972, a Vuelta de 1973 e o Giro, de novo, em 1973, antes de Hinault vencer em Itália e França, em 1982, antes de triunfar em Espanha, em 1983.
O italiano Valerio Conti (UAE Emirates) testou o pelotão e chegou a conseguir quase meio minuto de vantagem, mas acabou por ser apanhado, antes de Wellens atacar, a par de Yates e Woods.
Wellens assumiu a dianteira nas últimas centenas de metros e não deixou a frente até cortar a meta, num triunfo que o deixou “muito feliz” e que “alivia a equipa de muito stress”, apontou no final da corrida.
Único português em prova, José Gonçalves tinha nas duas primeiras etapas da Sicília fortes hipóteses de discutir a vitória em etapa, mas o terceiro classificado na geral à entrada para a quarta etapa teve um problema na bicicleta nos últimos 16 quilómetros.
Primeiro, acabou por trocar de bicicleta com o colega de equipa russo Viacheslav Kuznetsov, mas já dentro dos últimos 14 acabou mesmo por ter de parar e permitir ao mecânico reparar o problema, perdendo a ligação ao pelotão na pior altura.
Na quarta-feira, os ciclistas enfrentam uma tirada de 153 quilómetros, com a quinta etapa a ligar Agrigento a Santa Ninfa, com três contagens de montanha num percurso acidentado.