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O ciclista belga Tim Wellens (Lotto Fix All) foi hoje o mais forte na quarta etapa da Volta a Itália, em Caltagirone, subindo ao quarto lugar da classificação geral, que continua a ser liderada pelo australiano Rohan Dennis (BMC).

Wellens, de 26 anos, cumpriu os 191 quilómetros entre Catânia e Caltagirona em 5:17.34 horas, atacando na subida no interior do último quilómetro para bater o canadiano Michael Woods (Education First – Drapac Cannondale), segundo, e o italiano Enrico Battaglin (LottoNL-Jumbo), terceiro.

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Depois de duas vitórias do italiano Elia Viviani (Quick Step-Floors), ainda em solo israelita, foi Wellens a triunfar no primeiro de três dias na Sicília, num triunfo que valeu ao belga a subida ao quarto lugar da geral.

O triunfo continua a boa forma do corredor da Lotto Fix All, que tinha sido quinto classificado no Paris-Nice e o vencedor da Volta à Andaluzia e na Brabantse Pjil, e é ainda um ‘eco’ da vitória conseguida na sexta etapa do Giro de 2016, até hoje o único triunfo em ‘grandes Voltas’.

Na classificação geral, Dennis, hoje 12.º classificado, permanece no primeiro posto, com um segundo de vantagem sobre o holandês Tom Dumoulin, vencedor da ‘corsa rosa’ em 2017 e que hoje cortou a meta um lugar à frente do australiano.

O último lugar do pódio é agora ocupado pelo britânico Simon Yates (Mitchelton-Scott), quarto na etapa, sendo que o português José Gonçalves (Katusha-Alpecin) abandonou os primeiros lugares devido a um problema mecânico nos últimos 15 quilómetros.

Gonçalves caiu para a 11.ª posição da geral, a 36 segundos de Dennis, depois de ter sido 39.º na tirada, a 27 segundos de Wellens.

O britânico Chris Froome (Sky), que procura ser o terceiro ciclista da história a vencer consecutivamente as três ‘grandes’, após as vitórias no Tour e na Vuelta, perdeu hoje 21 segundos em relação ao vencedor, ficando mais longe da camisola rosa, agora no 20.º posto, a 55.

Apenas dois ciclistas conseguiram ganhar as três provas de forma consecutiva: Merckx venceu o Giro de 1972, o Tour de 1972, a Vuelta de 1973 e o Giro, de novo, em 1973, antes de Hinault vencer em Itália e França, em 1982, antes de triunfar em Espanha, em 1983.

A etapa ‘aqueceu’ nos últimos 20 quilómetros, já depois da fuga do dia ter sido apanhada, com as várias equipas a posicionarem-se para a entrada na reta final, com o último quilómetro a guardar uma subida de elevada inclinação.

O italiano Valerio Conti (UAE Emirates) testou o pelotão e chegou a conseguir quase meio minuto de vantagem, mas acabou por ser apanhado, antes de Wellens atacar, a par de Yates e Woods.

Wellens assumiu a dianteira nas últimas centenas de metros e não deixou a frente até cortar a meta, num triunfo que o deixou “muito feliz” e que “alivia a equipa de muito stress”, apontou no final da corrida.

“Os meus colegas deixaram-me bem colocado para o final. (…) Tive o cuidado de não partir muito cedo, sabia que ainda estava longe. Quando ganhei um pouco de vantagem, comecei a pedalar mais facilmente, antes de acelerar com toda a força nos últimos 200 metros”, explicou.

Único português em prova, José Gonçalves tinha nas duas primeiras etapas da Sicília fortes hipóteses de discutir a vitória em etapa, mas o terceiro classificado na geral à entrada para a quarta etapa teve um problema na bicicleta nos últimos 16 quilómetros.

Primeiro, acabou por trocar de bicicleta com o colega de equipa russo Viacheslav Kuznetsov, mas já dentro dos últimos 14 acabou mesmo por ter de parar e permitir ao mecânico reparar o problema, perdendo a ligação ao pelotão na pior altura.

Na quarta-feira, os ciclistas enfrentam uma tirada de 153 quilómetros, com a quinta etapa a ligar Agrigento a Santa Ninfa, com três contagens de montanha num percurso acidentado.

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