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O ciclista italiano Enrico Battaglin (LottoNL-Jumbo) foi hoje o mais forte no ‘sprint’ final da quinta etapa da Volta a Itália, com o português José Gonçalves (Katusha-Alpecin) a ser terceiro, reentrando no ‘top 10’ da geral.

Battaglin, de 28 anos, triunfou num ‘sprint’ reduzido no final da tirada de 152 quilómetros entre Agrigento e Santa Ninfa, ao fim de 4:06.33 horas, à frente de Giovanni Visconti (Bahrain Mérida) e de Gonçalves, único luso em prova e que na terça-feira tinha caído para 11.º, subindo para o oitavo posto.

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Battaglin continua a boa forma na ‘corsa rosa’, ao averbar o terceiro triunfo da carreira, depois de vitórias em etapa em 2013 e 2014, conseguindo ainda a primeira vitória da temporada.

O velocista estendeu ainda o domínio dos corredores da casa na prova, com a terceira vitória italiana em cinco etapas, juntando-se aos dois triunfos de Elia Viviani (Quick-Step Floors) na segunda e terceira etapas, ainda em solo israelita.

“Tivemos uma subida íngreme a dois quilómetros do fim, por isso teve algum tempo para descansar e recuperar, para fazer um ‘sprint’ muito bom. (…) O ‘Giro’ é sempre uma prova de sorte para mim. Sempre corri bem aqui. Estou muito feliz e espero continuar assim”, disse o vencedor, no final da tirada.

A classificação geral não sofreu alterações nos primeiros lugares, com o australiano Rohan Dennis (BMC) a conservar a camisola rosa, com um segundo de vantagem em relação ao holandês Tom Dumoulin (Sunweb), vencedor em 2017, e 17 para o britânico Simon Yates (Mitchelton-Scott), terceiro.

O colombiano Miguel Ángel López (Astana) voltou hoje a perder tempo e tem as aspirações à luta pela vitória final em risco, já a 1.56 minutos do líder, num dia em que os candidatos se ‘marcaram’ e não cederam terreno, com o britânico Chris Froome (Sky), considerado o grande rival de Dumoulin, a subir um lugar para 19.º, ainda a 54 segundos do holandês.

O britânico procura ser o terceiro ciclista da história a vencer consecutivamente as três ‘grandes’, após as vitórias no Tour e na Vuelta em 2017, um feito apenas conseguido por Eddy Merckx,vencedor no Giro de 1972, no Tour de 1972, na Vuelta de 1973 e no Giro, de novo, em 1973, antes de Bernard Hinault vencer em Itália e França, em 1982, antes de triunfar em Espanha, em 1983.

No segundo de três dias na Sicília, a primeira metade da etapa rolou a um ritmo baixo, com o pelotão a controlar a fuga durante um dia em que a prova homenageou o belga Wouter Weylandts, ciclista que morreu há sete anos depois de sofrer uma queda no Giro2011, com o dorsal 108, desde então retirado, com a inscrição “sempre connosco” na ficha de assinaturas.

Nos últimos 30 quilómetros, o italiano Andrea Vendrame (Androni-Sidermec-Botecchia) atacou os restantes fugitivos e ‘resistiu’ até final, num esforço que, embora em vão para o corredor, serviu para o pelotão não conceder ataques a ciclistas com aspirações à geral.

No final, e depois de transposta a última subida do dia, Battaglin, que tinha sido terceiro na terça-feira, acabou por se superiorizar a Visconti e a Gonçalves, que disputou a vitória e pôde recuperar a posição no ‘top 10’, depois de ter tido na quarta etapa problemas mecânicos que o viram cair de terceiro para 11.º, agora a 32 segundos de Dennis.

O português de 29 anos continua a boa forma no ‘Giro’, no qual conseguiu um quarto lugar na primeira etapa e um 10.º no terceiro dia, na despedida de Israel, mas terá um teste de grau elevado às aspirações nos próximos dias, com a alta montanha a começar a ‘selecionar’ o pelotão.

Video da etapa:

Na quinta-feira, os ciclistas enfrentam uma das etapas mais aguardadas da 101.ª edição da ‘corsa rosa’, com 164 quilómetros entre Caltanissetta e a subida ao Monte Etna, que pode começar a causar diferenças significativas entre os aspirantes à vitória final.

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