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João Almeida (Deceuninck-QuickStep) esteve perto de vestir a primeira camisola rosa do Giro d’Italia, mas viu o sonho ser-lhe tirado pelo campeão do mundo de contrarrelógio.

Giro d’Italia Apenas o campeão do mundo evitou que João Almeida vestisse de rosa (3)João Almeida esteve sentado na cadeira do líder do contrarrelógio durante grande tempo, mas viu o italiano Filippo Ganna (Ineos) voar para o triunfo no dia em que estreou a camisola de campeão do mundo da especialidade, num ‘crono’ marcado por condições atmosféricas instáveis, com muito vento, que prejudicou os últimos ciclistas a irem para a estrada.

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João Almeida (Deceuninck-QuickStep) mostrou-se hoje muito feliz pelo segundo lugar no contrarrelógio da primeira etapa da Volta a Itália, naquela que foi a sua estreia numa grande volta.

Giro d’Italia João Almeida
©Tim De Waele / Getty Images

“Foi um dia muito bom, senti-me bem e estou muito feliz com a minha prestação”, disse o jovem português, de 22 anos, em declarações à RTP.

João Almeida foi o segundo mais rápido a cumprir os 15,1 quilómetros entre Monreale e Palermo, ao gastar mais 22 segundos do que o italiano Filippo Ganna (Ineos), campeão do mundo de contrarrelógio, que conquistou a camisola rosa, ao marcar 15.24 minutos.

Giro d’Italia João Almeida“Tinha noção de que estava a fazer um bom tempo, mas daí a fazer segundo não tinha muita expectativa”, referiu Almeida, que terminou com o mesmo tempo do dinamarquês Mikkel Bjerg (UAE-Emirates), terceiro.

O desempenho de hoje deixou, para Almeida, “uma sensação muito boa”, que lhe dá “mais confiança”, considerando “um excelente começo” para a sua estreia numa prova de três semanas.

Giro d’Italia João Almeida“Nunca estive numa prova de três semanas. [Os portugueses] Não podem ter expetativas muito altas, apenas posso dizer que vou dar o meu melhor pela minha equipa e pelo meu país”, assumiu.

© LaPresse

Oito dias depois de se ter sagrado campeão do mundo de contrarrelogio, em Imola, também em Itália, Fillipo Ganna gastou 15.24 minutos para completar os 15,1 quilómetros entre Monreale e Palermo, menos 22 segundos do que Almeida e do que Mikkel Bjerg (UAE-Emirates), num pódio composto por ciclistas com menos de 25 anos.

“Estou muito feliz. Esta camisola é fantástica para mim, e a minha equipa também vai estar feliz. Queria agradecer-lhes muito por todo o apoio que me deram para chegar à rosa no Giro”, referiu Ganna.

© LaPresse

A Ineos acabou por ter um dia muito positivo, pois, além do triunfo de Ganna, viu o britânico Geraint Thomas ganhar tempo a todos os grandes candidatos ao triunfo final.

O vencedor da Volta a França em 2018 terminou o ‘crono’ na quarta posição, a 23 segundos do seu colega de equipa, ganhando 26 segundos ao seu compatriota Simon Yates (Mitchelton-Scott).

Piores foram as prestações do italiano Vincenzo Nibali (Trek-Segafredo), vencedor do Giro em 2013 e 2016, que perdeu 1.06 minutos para Thomas, do dinamarquês Jakob Fuglsang (Astana), que cedeu 1.24, e do polaco Rafal Majka (Bora-Hansgrohe), que já está a 1.37 do britânico.

O colombiano Miguel Angel Lopez (Astana), terceiro no Giro em 2018, terminou a sua corrida apenas nove quilómetros depois de ir para a estrada, ao sofrer um aparatoso acidente, quando perdeu o controlo da sua bicicleta, acabando por ser transportando para o hospital.

Ruben Guerreiro (Education First), o outro português na ‘corsa rosa’, foi 85.º classificado no contrarrelógio, a 1.37 minutos de Ganna.

João Almeida vai partir para a segunda etapa com a camisola dos pontos, por ser segundo nesta classificação, tal como acontece na geral e na da juventude.

A segunda etapa do Giro, entre Alcamo e Agrigento, com os ciclistas a terem de ultrapassar duas contagens de montanha de quarta categoria, a última coincidente com a meta.

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