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As atividades desportivas e turísticas na serra e na vila de Sintra decorriam esta manhã com toda a normalidade e tranquilidade apesar do incêndio que lavrava a poucos quilómetros, na zona da Peninha, concelho de Cascais.

Pelas 12:00, 692 operacionais, apoiados por 207 meios terrestres e cinco meios aéreos continuavam a combater o incêndio que deflagrou no sábado na serra de Sintra e que se alastrou a Cascais, no distrito de Lisboa, entretanto dominado.

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No entanto, apesar deste aparato e de alguma tristeza por ver a serra de Sintra a arder, muitas pessoas não tiveram receio de continuar a fazer as suas atividades desportivas ou a visitar os monumentos.

Na estrada nacional 9 (EN-1), que liga Sintra à Malveira da Serra (Cascais), passando pela Lagoa Azul, dezenas de pessoas (incluindo crianças) praticavam atletismo e outras dezenas davam a sua volta semanal de bicicleta.

A inexistência de fumo e a tranquilidade vivida na serra faziam com que a vida normal decorresse como se nada se passasse.

Também na vila de Sintra era visível a tranquilidade dos turistas e dos visitantes, que continuavam a fazer as visitas habituais.

Um grupo de ciclistas, que passeava junto ao Convento dos Capuchos, manifestou-se “bastante triste com o incêndio” e defendeu uma maior vigilância na serra.

“Ontem, quando soube do incêndio, fiquei preocupado. A vigilância devia ser muito maior”, defendeu Arnaldo Sebastião.

Para este ciclista as autoridades deveriam introduzir videovigilância na serra para prevenir estes incidentes.

“Se eu não estou a fazer mal nenhum não me importo de ser filmado. Se houvesse câmaras, os incendiários pensariam duas vezes. Depois há outro problema, que é a fiscalização. Em zonas interditas encontramos pessoas que fazem acampamentos. Isto não pode ser”, criticou.

Outro ciclista destacou o papel dos ciclistas como “guardiães da serra”: Somos uma mais valia. Podemos ajudar na limpeza dos trilhos e na vigilância. Isto para nós é o nosso santuário”.

O fogo foi dado como dominado cerca de 12 horas depois de ter deflagrado na zona da Peninha e alastrado ao concelho de Cascais, num combate às chamas muito dificultado pelo vento, que chegou a ter rajadas de 100 quilómetros por hora.

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