A Figueira da Foz estreou hoje o novo sistema de 60 bicicletas partilhadas, denominadas de Figas, que permite desde utilizações únicas até subscrições mensais, semestrais ou anuais.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, afirmou que o projeto integra-se numa “estratégia de mobilidade”, proporcionando, por um lado, um estilo de vida mais saudável e permitindo, por outro, “aliviar” o número de carros que circula na cidade.
O novo sistema de bicicletas partilhadas Figas com 40 elétricas e 20 normais, de fabrico canadiano, foi sujeito a um concurso público que teve um único concorrente, a quem foi atribuída a exploração durante sete anos, adiantou o autarca.
“O problema deste negócio não é chegar e comprar as bicicletas, é pô-las a funcionar, essa é a parte mais problemática, porque há que garantir a manutenção e assegurar que estão disponíveis nos locais indicados de recolha”, observou Carlos Monteiro.
O sistema funciona através de uma aplicação móvel que permite, com um ‘smartphone’, o desbloqueio das bicicletas, instaladas em sete estações equipadas com quiosques multimédia e espalhadas pela cidade.
Estas estão localizadas no terminal de autocarros junto à estação ferroviária da CP, praça da Europa (em frente à Câmara Municipal), em três zonas fronteiras à praia (Torre do Relógio, Ponte do Galante e muralhas de Buarcos), nas Abadias Norte (junto a escolas e à delegação da Cruz Vermelha Portuguesa) e na Quinta da Borleteira, perto do parque de campismo municipal.
Sobre os preços que serão praticados, o presidente da Câmara explicou que uma viagem única (acessível através do descarregamento da aplicação móvel e emissão de um cartão temporário no quiosque multimédia) custará um euro, para uma utilização máxima de 30 minutos, tendo a bicicleta de ser colocada numa das sete docas (estações) de recolha antes do final desse período.
Há depois a possibilidade de subscrições mensais (cinco euros), semestrais (15 euros) e anuais (23 euros) para utilização regular do meio de transporte, sempre com períodos limitados a um máximo de 30 minutos por cada viagem.
“O sistema é copiado de outros existentes em Lisboa ou em Paris. As bicicletas têm de ir às docas [de recolha] em períodos inferiores a 30 minutos. Um utilizador que assim o fizer não paga mais por isso, se passar os 30 minutos, são mais 10 cêntimos por cada minuto”, esclareceu o autarca.
“A ideia é as pessoas efetivamente circularem, passearem e não estarem parados com a bicicleta debaixo do braço, não as reterem e não as deixarem em qualquer lado que não nas docas”, observou.
Já sobre a denominação escolhida para a bicicleta Figas, Carlos Monteiro revelou que ela surgiu numa “discussão interna” na Câmara Municipal e que o nome remete para a própria Figueira da Foz.
“Ainda houve quem defendesse Barbosas, mas acabava por ser um nome muito refinado, que não teria acolhimento junto das gerações mais novas”, disse Carlos Monteiro.