O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo assumiu um “comprometimento máximo” com as regras impostas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) para a retoma competitiva da modalidade, nomeadamente na Volta a Portugal.
Delmino Pereira reagiu “com satisfação” ao parecer positivo da DGS, comunicado à Agência Lusa, para que a prova ‘rainha’ do ciclismo nacional se realize de acordo com plano apresentado pela federação e nas datas previstas de 29 de julho a 09 de agosto.
“É uma enorme ‘luz verde’ para a retoma do ciclismo no país, e nomeadamente a realização da Volta a Portugal. Estamos preparados para avançar com as provas e com um comprometimento máximo com as regras sanitárias e de segurança que se impõe”, disse o dirigente à Agência Lusa.
O presidente da FPC lembrou que este parecer positivo foi fundamentado “num documento de normas sério, rigoroso e competente, preparado pela Federação, e que desde logo foi muito bem acolhido” pela DGS.
“Foi um grande empenho da nossa parte para que o ciclismo se pudesse retomar, o que nos motiva para cumprir todas as regras, tanto na Volta a Portugal, que é a prova mais complexa em termos de organização, assim como nas restantes corridas por etapas que acreditamos se vão realizar”, disse Delmino Pereira.
A decisão final para a retoma do ciclismo pertence, no entanto, ao Governo, mas o presidente da FPC acredita que, com este parecer positivo da DGS, a oficialização da autorização será feita em breve.
“Depois deste parecer técnico positivo da DGS como base, não vejo que a decisão do Governo seja outra senão autorizar”, completou Delmino Pereira.
A edição deste ano da Volta a Portugal está prevista estar na estrada entre 29 de julho e 09 de agosto.
A DGS confirmou que, durante a prova, terão de ser impostas restrições à presença de público, nas partidas e chegadas das etapas.
“Desde que esteja assegurado o distanciamento físico entre as pessoas, o cumprimento das restantes medidas de prevenção e controlo de infeção e não existam concentrações superiores a 20 pessoas”, detalhou.
A entidade obriga, ainda, a que “os atletas seejam monitorizados pela equipa médica do clube por forma a garantir a deteção precoce de qualquer sintoma sugestivo de covid-19″, e preconiza que se existirem suspeitos de covid-19 serão aplicados os procedimentos estabelecidos em Portugal, não podendo participar na prova. Será realizado um teste antes do início da competição”.
A DGS prevê, ainda, que “as várias equipas estejam organizadas por coortes [bolhas, de forma a estarem separadas]” e não estejam todas no mesmo hotel, sendo que “todos os cuidados de prevenção e controlo de infeção por SARS-CoV-2 vão ser alargados a todos os intervenientes”.