A Federação Portuguesa de Ciclismo reconheceu hoje que possa haver condicionalismo à presença de público na Volta a Portugal, mas garantiu um “compromisso máximo na defesa da saúde de todos os intervenientes” na prova.
O dirigente explicou que a Federação “está a trabalhar numa lógica inspirada nas regras que estão a ser desenvolvidas para a Volta a França”, onde também estão a ser pensadas estratégias para limitar aglomerados de pessoas durante as etapas.
“Se a Volta a França, que tem uma dimensão enorme comparada com a nossa Volta a Portugal, se vai realizar, e num país que foi muito mais afetado pela pandemia, nós acreditamos que também podemos fazer, com todos os cuidados, esta prova tão importante para o ciclismo nacional”, acrescentou Delmino Pereira.
“Todos temos de nos adaptar a uma nova realidade, mas possuímos ferramentas necessárias para poder cumprir as regras da Direção-Geral da Saúde e do IPDJ [Instituto Português do Desporto e Juventude], e, ao mesmo tempo, levar para a estrada este grande evento desportivo. Temos trabalhado em conjunto com o organizador da Volta para isso”, vincou Delmino Pereira.
Da parte da Podium Events, empresa que organiza a prova rainha do ciclismo nacional, há também a garantia que o modelo da realização da edição deste ano da Volta está a ser constantemente aprimorado.
O responsável espera que a prova, que está agendada de 29 de julho a 09 de agosto, se possa realizar em condições normais, e sobre a questão de presença de público nas etapas explicou que tal “tem de ser analisado”.
“O nosso modelo vai sendo trabalhado à medida que a situação vai evoluindo. Vamos analisado o que se passa e trabalhando com várias entidades. É ainda prematuro falar em decisões finais”, acrescentou José Carmona.
“A festa da Volta a Portugal e animação, nas partidas e nas chegadas, não poderá ser feita da mesma forma, tem de ser repensada. Temos mantido um diálogo com a Federação de Ciclismo e sentimos que há abertura para ajustes”, disse João Paulo Rebelo.
O governante vincou, ainda assim, que, faltando cerca de três meses para data da competição, “ainda não há visibilidade para perceber o que vai acontecer no futuro”, mas deixou abertura para que a prova se realize.