Fabio Jakobsen (Deceuninck-Quick Step) foi hospitalizado e colocado em coma induzido, no seguimento de uma violenta queda no final da primeira etapa da Volta à Polónia, da qual foi declarado vencedor.
Na meta instalada em Katowice, Jakobson abordou o ‘sprint’ final em condições de ganhar, mas foi agredido pelo rival Dylan Groenewegen (Jumbo-Visma), que, com um encosto de bicicleta e uma cotovelada fez com que se estatelasse nas barreiras de proteção.
Primeiro à chegada na etapa inaugural, na extensão de 198 quilómetros, entre Chorzow e Katowice, Groenewegen de nada beneficiou com o comportamento antidesportivo, já que não demorou para que fosse desclassificado e a vitória atribuída a Jakobsen.
A médica da corrida, Barbara Jerschina, declarou que o estado de Jakobsen “é grave”, tendo o ciclista “sofrido lesões importantes e perdido muito sangue”, mas “o coração está a funcionar bem” e “não existem lesões na caixa torácica”.
A União Ciclista Internacional (UCI) já condenou “firmemente o comportamento perigoso” de Groenewegen, considerando que o holandês teve uma conduta “inaceitável” na luta pela vitória na etapa vai pedir que a comissão disciplinar “aplique sanções proporcionais à gravidade dos factos”.
A queda de Jakobsen acabou por provocar uma ‘onda’ de outras quedas, incluindo a do próprio Groenewegen, já depois de cruzar a meta.
A Jumbo-Visma apresentou, através do Twitter, um pedido de “sinceras desculpas” pelo gesto do seu corredor, que, a exemplo de Jakobsen, é um dos melhores ‘sprinters’ da atualidade.
Vários dos envolvidos na queda, mas que se mantiveram conscientes, acabaram por ir ao hospital, para fazer exames. O francês Marc Sarreau, da Groupama-FDJ, segundo na etapa, foi um dos que foram ao hospital tirar radiografias.
Os três portugueses na corrida, todos da UAE Emirates, entraram no pelotão e foram poupados à queda – Ivo Oliveira em 31.º, Rui Costa em 37.º e Rui Oliveira em 40.º, com o mesmo tempo do vencedor, ou seja 4:31.50 horas.