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A espanhola Eva Anguela, da equipa portuguesa Matos Mobility/Optiria, venceu hoje, em Vila Franca de Xira, a primeira etapa em linha da Volta a Portugal Feminina Cofidis. A russa Valeria Valgonen (Massi-Tactic) é a nova dona da Camisola Amarela Jogos Santa Casa.

Eva Anguela ganha ao sprint e Valeria Valgonen veste amarela da Volta a Portugal Feminina Cofidis
Photo © João Fonseca Photographer

À semelhança do que sucedeu no prólogo, o calor voltou a ser um forte obstáculo para as corredoras, que hoje pedalaram ao longo de 85 quilómetros, entre a Portela, no concelho de Loures, e o centro de Vila Franca de Xira, onde um público numeroso e entusiasta assistiu a um desfecho intenso de uma etapa que se pautou pela calma.

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A viagem fez-se sem grandes sobressaltos e sem qualquer fuga, cedo ficando claro que o desfecho acabaria por ser ao sprint. Pelo caminho, a meta volante bonificada agitou um pouco as águas. A camisola amarela à partida, Miryam Nuñez (Massi-Tactic) procurou defender o comando da geral, bonificando dois segundos. Um pecúlio que se revelaria insuficiente dado o resultado do sprint final, também bonificado.

Eva Anguela ganha ao sprint e Valeria Valgonen veste amarela da Volta a Portugal Feminina Cofidis
Photo © João Fonseca Photographer

Numa chegada em pelotão agrupado, a toda a largura da estrada, a espanhola Eva Anguela foi claramente a mais forte, erguendo os braços diante da compatriota Susana Pérez (Cantabria Deporte-Rio Miera) e de Valeria Valgonen, segunda e terceira, respetivamente.

“Estou muito feliz. Sabia que era uma etapa em que, se sofresse, poderia passar bem os topos e chegar com força para discutir a etapa. Foi possível, graças à equipa, que me ajudou para poder estar bem colocada. O meu objetivo será tentar ganhar todas as etapas que terminem ao sprint”, confessa a vencedora do dia, que passou também a vestir a Camisola Vermelha Cofidis, dos pontos.

Com as bonificações, Valeria Valgonen ultrapassou a colega de equipa Miryam Nuñez e passou a vestir de amarelo. A equatoriana, que vencera o prólogo, desceu ao segundo lugar, a dois segundos. A britânica Freya Rawlins é a terceira, a quatro segundos.

“Senti-me bem ao longo de toda a etapa e tive a ajuda das minhas colegas. Estou muito feliz por ter a camisola amarela e espero poder mantê-la até final, mas o importante é o resultado da equipa e iremos lutar por ganhar todas as etapas restantes”, promete Valeria Valgonen, que é também a dona da Camisola Azul IPDJ, da montanha.

Continuam três corredoras portuguesas nas dez primeiras da geral. Beatriz Roxo (Cantabria Deporte-Rio Miera) é a quarta, a 14 segundos, Cristiana Valente (Glassdrive/Chanceplus/Allegro) é a sétima, a 20 segundos, e Vera Vilaça (Massi-Tactic) é décima, a 24 segundos.

“É sempre bom ser a melhor portuguesa, se bem que estamos aqui a trabalhar em coletivo e não a pensar num resultado individual, além de que cada corredora portuguesa tem um papel diferente dentro da respetiva equipa. Na nossa equipa temos um plano, mas dia a dia, em função das sensações e da situação de corrida, tomamos decisões. Isso determinará qual a minha função em cada momento”, revela Beatriz Roxo.

Outra portuguesa em destaque é Marta Carvalho (Extremosul/Hotel Alísios/CA Terras do Arade), melhor jovem da competição e, por isso, portadora da Camisola Branca IPDJ.

A Volta a Portugal Feminina prossegue, nesta sexta-feira, com a segunda etapa em linha. Serão 100,4 quilómetros, com partida do Museu do Ciclismo Joaquim Agostinho, Torres Vedras, às 12h30, e chegada, perto das 15h15, ao Museu do Ciclismo, Caldas da Rainha.

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