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Entrevista a Marco Marques

Entrevista a Marco Marques
Marco Marques, ciclista da Óbidos Cycling Team (foto: Helena Dias)
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O vianense Marco Marques, de 22 anos, começou a época com brilhantismo ao fechar a Prova de Abertura / Região de Aveiro no quinto lugar da classificação da juventude. Em Ílhavo, cruzou a meta na 25ª posição, integrando o grupo que disputou o final ao sprint, ganho pelo colombiano Santiago Mesa (ABTF Betão-Feirense). O jovem ciclista da Óbidos Cycling Team mostrou logo na primeira corrida a qualidade promissora existente no projecto liderado por Micael Isidoro, director-desportivo e manager da equipa.

Como diz o ditado «de pequenino é que se torce o pepino» e desde muito cedo Marco Marques apaixonou-se pela bicicleta. “Comecei com oito anos, em benjamim de segundo ano. Ainda com seis anos queria andar de bicicleta, mas não sabia e andava com rodinhas. Queria inscrever-me numa escola, mas tinha vergonha, porque ia ser gozado pelos outros. A minha tia ensinou-me a andar de bicicleta sem rodinhas e a partir daí foi um vício que dura até hoje.”

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No que toca a caracterizar-se enquanto ciclista, a resposta não é fácil. “Ao longo dos anos, fui-me questionando… quando era mais pequeno pensava que ia subir muito bem, por ser levezinho e pequenino. Depois comecei a ter um pouco de dificuldade, mas acabo por andar bem em todo o lado. Consigo sprintar bem, sou rápido, ágil. Já nas subidas, começo a ter um pouco de dificuldade quando são mais longas”, afirma Marco Marques.

Como é do conhecimento do meio ciclístico, o jovem ciclista é filho do reconhecido soigneur Marco Marques, da equipa do WorldTour Trek-Segafredo, um dos melhores profissionais do pelotão internacional. “Para mim, é um factor de orgulho. Além disso, sei que posso trabalhar para um dia poder estar lá fora, porque também ele começou de pequeno, em Portugal, e aos poucos foi trabalhando, melhorando até chegar ao profissional de topo que é hoje. Dá-me motivação extra para trabalhar e querer sempre mais”, confessa o jovem Marco. E acrescenta: “Para um país que todos dizem ser pequeno, não só em tamanho como também em mentalidade, é muito bom ter pessoas lá fora a vingar. Foi pena o falecimento do Pepinho [mecânico da Trek-Segafredo], uma pessoa muito próxima de mim. Como ele, muitos saíram de Portugal para trabalhar no staff de equipas de topo e é bom saber que somos profissionais e bons naquilo que fazemos.”

Marco Marques passou pelo pelotão internacional em 2021, na extinta equipa espanhola Manuela Fundación, uma experiência de aprendizagem. “Aprender aprende-se todos os anos, mas correr um ano no estrangeiro deu-me boas experiências, uma linguagem nova, ver outras culturas, saber como se corria em Espanha. Mas voltar para cá e ser chefiado pelo ‘Mika’, que tem uma visão do ciclismo que muitos directores-desportivos não têm, é muito bom. Olho para este projecto da Óbidos Cycling Team como tendo muito futuro pela frente e que possa ter muito sucesso.”

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