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A rede de bicicletas partilhadas Gira, em Lisboa, registou 76 incidentes, que provocaram 31 feridos, num total de 378 mil viagens realizadas num ano, adiantou à agência Lusa a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento (EMEL).

De acordo com informação prestada pela empresa, “em cerca de 12 meses de utilização e em cerca de 378.000 viagens realizadas, foram reportados 76 incidentes, por situações tão diversas como ligeiras quedas, atravessamento indevido de ciclovias por peões ou colisões com automóveis”.

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Estas ocorrências “representaram 31 feridos”, sendo que “neste número estão incluídos todos os acidentes reportados à EMEL através dos canais próprios, via e-mail, linha de apoio telefónico dedicada ao serviço Gira ou através por reporte da operação”.

“Para os casos aplicáveis foram acionadas as apólices de seguro”, refere a empresa.

Entre as 76 ocorrências (registadas até ao dia 15 de junho), “em 16 é expressamente mencionado que foi causada por desvios para não atropelar peões que circulavam na ciclovia” e em “12 ocorrências existiu colisões com veículos automóveis”.

Apontando que estes números significam “uma média de duas ocorrências por cada 10.000 viagens realizadas”, a EMEL salienta que “a segurança dos utilizadores é levada muito a sério” pela empresa.

Assim, a empresa responsável considera que os travões destas bicicletas “são os apropriados para deslocações urbanas e é o tipo de travão que melhor se adequa a um sistema de manutenção com qualidade, rápida e eficiente”.

Segundo informação transmitida à Lusa por fonte oficial da EMEL, a rede de bicicletas partilhadas conta até esta semana com 11.005 utilizadores com passe anual. No último mês foram efetuadas 100.730 viagens, e destas, 23.132 registaram-se na última semana.

A EMEL adiantou também que “nas próximas semanas” haverá bicicletas da rede Gira “a circular sem cesto frontal”, por ter sido “detetada uma fragilidade neste componente num número significativo de bicicletas”.

Esta situação foi resultado “dos crescentes níveis de procura”, uma vez que cada bicicleta foi “utilizada em média cinco vezes por dia no último mês”, e “do uso por vezes indevido do cesto da bicicleta”, é referido.

“Embora não tenha implicações na segurança dos utilizadores, esta situação poderá provocar desconforto na viagem. Neste sentido, e para aumentar a disponibilidade de bicicletas na rede, a Órbita, responsável pelo fornecimento e operação da rede, irá remover temporariamente os cestos de parte da frota de bicicletas”, explica.

A EMEL “lamenta a situação, à qual é alheia, e quaisquer incómodos que possa causar aos utilizadores da Gira”, e adianta que “o ‘design’ e robustez daquele componente está a ser revisto no sentido de implementar uma solução final, mais robusta”.

O sistema de bicicletas partilhadas de Lisboa foi desenhado com um total de 140 estações e 1.410 bicicletas, a maioria das quais já instaladas e a funcionar.

Das 140 estações, 92 foram planeadas para o planalto central da cidade, 27 na baixa e frente ribeirinha, 15 no Parque das Nações e seis no eixo entre as avenidas Fontes Pereira de Melo e da Liberdade.

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