O projeto da Ecopista do Mondego, entre Santa Comba Dão (Viseu) e Penacova (Coimbra), numa extensão de 40 quilómetros, vai ser apresentado na segunda-feira em Mortágua, anunciou hoje a Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra.
A intervenção, orçada em 600 mil euros, pretende ligar a estação ferroviária de Santa Comba Dão até aos limites do concelho de Penacova, atravessando os concelhos de Santa Comba Dão, Mortágua e Penacova.
Em comunicado, a Região de Coimbra salienta que o objetivo é prolongar a Ecopista do Dão e “oferecer mais um troço ciclável de elevada qualidade no eixo estruturante Viseu-Penacova, numa extensão aproximada de 90 km”.
“O potencial turístico desta ecovia é complementado com os vários pontos de interesse ambiental e recreativo que existem na zona, com a interligação entre as praias fluviais, zonas preparadas para atividades náuticas, como exemplo a Albufeira da Aguieira e a praia fluvial de Penacova, e pontos de elevado interesse ambiental, geológico e paisagístico, como a Livrarias do Mondego”, lê-se na nota.
O projeto é desenvolvido pela CIM de Coimbra e Viseu Dão Lafões e os municípios de Santa Comba Dão, Mortágua e Penacova, que pretendem fazer desta via ciclovia “uma das mais belas de Portugal”.
“Este projeto constituir-se-á como absolutamente estruturante para a valorização turística destes territórios do interior e para a promoção da coesão económica e social das populações”, salienta a CIM Coimbra.
A ecovia representa para os seus promotores “um passo decisivo para concretizar uma previsível e estratégica ligação entre a Ecopista do Dão e a Figueira da Foz – Ecopista do Mondego, nomeadamente através do troço já previsto entre Coimbra e Figueira da Foz, por forma, a médio/longo prazo, tornar ciclável o eixo estruturante Viseu – Figueira da Foz”.
“A par de uma também prevista intervenção na Ecopista do Vouga, entre Viseu e Aveiro, permitirá constituir um circuito fechado na Região Centro em conjunto com o troço da Eurovelo 1, entre Aveiro e Figueira da Foz”, acrescenta a CIM Coimbra.
O projeto vai ser candidatado ao Programa Valorizar do Turismo de Portugal com a ambição de se tornar num produto “absolutamente único e inovador, projetando nacional e internacionalmente este território do interior enquanto destino turístico de excelência de ‘Cycling & Walking’”.
A estratégia, segundo os promotores, está “perfeitamente alinhada e conectada com a iniciativa Portuguese Trails, do Turismo de Portugal, que pretende alavancar e comunicar internacionalmente as atividades de Turismo de Natureza”.