PUB

O ciclista Domingos Gonçalves (Rádio Popular-Boavista) sagrou-se hoje campeão nacional de contrarrelógio de elites, ao ser o mais rápido nos 33,7 quilómetros de prova, disputada em Belmonte.

Domingos Gonçalves gastou 43.06 minutos para cumprir o percurso, que terminava numa subida de 1.500 metros, gastando menos 11 segundos do que o irmão gémeo, José Gonçalves, e 19 do que Tiago Machado, ambos da Katusha-Alpecin.

PUB

O ciclista ‘axadrezado’ foi o único de uma equipa portuguesa a conquistar uma medalha no primeiro dia dos Nacionais.

O ciclista Domingos Gonçalves (Rádio Popular-Boavista) disse hoje que teve um “sabor especial” conquistar o seu segundo título português de contrarrelógio consecutivo.

“Tem sempre um sabor especial para mim, ser campeão nacional é ser campeão nacional. Se fizesse segundo, ninguém sabe quem faz”, disse.

Em Belmonte, Domingos Gonçalves gastou 43.06 minutos para cumprir o percurso de 33,7 quilómetros, que terminava numa subida de 1.500 metros, gastando menos 11 segundos do que o irmão gémeo, José Gonçalves, e 19 do que Tiago Machado, ambos da Katusha-Alpecin.

“Correu bem, não tive nenhuma avaria, nenhum furo, porque qualquer coisa pode deitar tudo a perder, como aconteceu no ano passado no Nacional”, referiu, acrescentando: “Consegui vencer hoje e estou de parabéns.”

Domingos Gonçalves quer agora descansar para a Volta a Portugal, na qual diz que vai trabalhar para os colegas.

O seu irmão José Gonçalves diz que “o segundo lugar acaba por ser um bom resultado”, tendo em conta que já não está no seu melhor.

“Não estou em má forma, mas não estou como estava no Giro. Dei o meu máximo. Gostava de ganhar, mas ganha quem está mais forte e o meu irmão esteve mais forte. Estou contente, o segundo não é mau”, afirmou.

Tiago Machado diz que terceiro lugar é bom para quem há três meses estava no hospital.

Tiago Machado mostrou-se hoje satisfeito com o terceiro lugar no contrarrelógio dos Nacionais de ciclismo, lembrando que “há dois, três meses” estava numa cama de hospital.

“Para quem há dois, três meses estava numa cama de hospital, tenho de estar contente, porque ainda acredito muito no meu potencial”, referiu Machado, que esteve internado devido a um problema de saúde.

Em Belmonte, Tiago Machado (Katusha-Alpecin) gastou mais 19 segundos do que Domingos Gonçalves (Rádio Popular-Boavista), que gastou 43.06 minutos para fazer os 33,7 quilómetros, e oito do que o companheiro de equipa José Gonçalves.

“As pessoas menosprezaram-me porque agora já não faço contrarrelógios como antigamente, porque chego mais desgastado do que os meus  adversários, porque controlar uma etapa, não é a mesma coisa de ir na roda”, referiu.

Tiago Machado revelou que fez a prova com a bicicleta de treinar, após um estágio e que na quinta-feira subiu à Torre.

“Estou contente com o trabalho que tenho vindo a desenvolver. Que sirva de lição para os que estão em casa e que dizem que eles não prestem, que acreditem sempre, porque eu também acredito e a prova está aqui, porque perdi por 12 segundos. Se calhar podia ter feito melhor, se tivesse a minha bicicleta de competição, mas foi o que tive. O José também trouxe a de casa. Estamos contentes, foi segundo e terceiro, sabor amargo, mas estou contente, porque levei uma medalha para casa, já não saio de mãos a abanar”, disse.

Tiago Machado dedicou a medalha “àqueles que estavam na cama do hospital” ao seu lado.

“No domingo, é para a camisola [de campeão de fundo]”, afiançou.

PUB