As bonificações, de regresso seis anos depois, prometem ‘animar’ uma 49.ª Volta a Algarve em bicicleta que trocou o epílogo no alto do Malhão por um contrarrelógio final em Lagoa, decisivo para coroar o sucessor de Remco Evenepoel.
Apenas uma outra vez na última década – em 2013 – foi um exercício individual contra o cronómetro a definir o vencedor da prova, que nesta edição recupera também as bonificações nas etapas em linha, ‘desaparecidas’ desde 2017 e garantia de emoção extra na luta pelo primeiro lugar.
Num percurso em que não faltam etapas para todos os gostos, os escaladores têm a sua primeira oportunidade ao segundo dia, nos 186,3 quilómetros entre a ventosa Sagres e o alto da Fóia, em Monchique, ao qual chegarão após 7,5 quilómetros a subir, com uma inclinação média de 6%.
Rumo ao ponto mais alto do Algarve, onde está instalada uma contagem de montanha de primeira categoria (e uma estátua de Evenepoel), os corredores vão ter de ultrapassar uma segunda categoria, na Pomba, que alcançarão após 3,6 quilómetros de escalada, com uma pendente de 8,2%, e que está situada a apenas seis do sopé da Fóia.
Os homens rápidos terão a derradeira etapa para brilharem na sexta-feira, 17 de fevereiro, na ligação de 203,1 quilómetros entre Faro e Tavira, sempre palco de espetaculares chegadas ao sprint.
‘Deslocado’ para a quarta etapa, o Malhão será, como sempre, decisivo nas contas da geral: os corredores partem de Albufeira para cumprir 177,9 quilómetros até ao topo da mais emblemática subida algarvia, onde a meta coincide com uma contagem de montanha de segunda categoria, atingida após 2,6 quilómetros a 9,2%.
Antes, a 37,6 quilómetros do final, o pelotão terá de ultrapassar a subida de Alte (2,2 km a 7,7%) e, a 24 quilómetros da chegada, passará pela primeira vez no ponto mais alto de Loulé.
Mas será o já tradicional contrarrelógio de Lagoa, que nesta edição ‘ganhou’ 4,1 quilómetros, para um total de 24,4, a fechar as contas da sucessão do belga de 23 anos, atual campeão mundial de fundo.