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O algarvio Amaro Antunes (W52-FC Porto) conquistou hoje a Clássica da Arrábida, prova internacional que ligou Setúbal ao Castelo de Palmela, ao longo de 186,6 quilómetros. O jovem Francisco Campos (Miranda/Mortágua) segurou o comando do Troféu Liberty Seguros.

A maior expectativa da Clássica da Arrábida estava guardada para os últimos 2,6 quilómetros, sempre a subir, primeiro em terra batida e depois em empedrado. Foi aí, na zona de “sterrato”, que Amaro Antunes atacou para não mais ser alcançado.

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O algarvio repetiu o que já fizera na etapa rainha da Volta ao Algarve: disparou do grupo restrito que lutava pela vitória e triunfou em solitário. Sérgio Paulinho (Efapel) seguiu uma estratégia diferente. Manteve o próprio passo e foi-se aproximando de Amaro Antunes, mas não o suficiente para vencer. Acabou em segundo, a 2 segundos do corredor da W52-FC Porto, contribuindo, todavia, para a vitória coletiva da Efapel. O terceiro, com o mesmo tempo de Paulinho, foi o norueguês Andreas Vangastad (Team Sparebanken Sor).

A Clássica da Arrábida teve duas fases distintas, ambas repletas de interesse. Os primeiros 110 quilómetros ficaram marcados pela velocidade elevadíssima, que endureceu a prova mesmo na sua fase mais plana. Foi nesse período que cinco homens se destacaram, pedalando em fuga: Logan Owen (Axeon Hagens Berman), Dmitrii Sokolov (Lokosphinx), Pierrick Naud (Rally Cycling), Trond Trondsen (Team Sparebanken Sor) e Samuel Caldeira (W52-FC Porto).

Logan Owen aproveitou para sagrar-se rei dos trepadores. A fuga foi perdendo elementos com a entrada nos últimos 70 quilómetros, onde se encontravam cinco contagens de montanha. O pelotão – ou o que dele restava – entrou compacto na zona de terra, onde se deu o ataque de Amaro Antunes, ao qual ninguém resistiu.

“Tal como acontecera na Volta ao Algarve, a equipa trabalhou desde muito cedo para que a vitória fosse possível. Depois da penúltima subida deu-se uma queda e eu acabei por ficar sozinho. Como o grupo já estava muito fracionado, ataquei de longe e, felizmente, consegui ganhar. Agradeço aos meus colegas do fundo do coração”, afirmou Amaro Antunes.

A vitória na Clássica da Arrábida deixou Amaro Antunes como grande favorito à conquista do Troféu Liberty Seguros. Está na segunda posição, em igualdade pontual com o jovem spinter Francisco Campos (Miranda/Mortágua), que continua a acumular os primeiros lugares absoluto e na juventude.

“Fui à luta e, apesar de não estar à espera, consegui segurar a liderança. Na próxima corrida tudo pode acontecer, mesmo que em teoria a corrida seja mais favorável aos trepadores”, reconhece Francisco Campos, que, ainda assim, promete tentar conservar a camisola amarela.

O Troféu Liberty Seguros termina no próximo domingo com a realização da Clássica Aldeias do Xisto, uma seletiva corrida de 140,6 quilómetros, com início na Aldeia da Barroca, Fundão, e chegada na Aldeia de Cerdeira, Lousã. A meta coincide com uma contagem de montanha de segunda categoria.

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