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Para fomentar a mobilidade nas cidades, criaram-se leis para proteger ciclistas dos automobilistas. Agora, os abusos levam à alteração da lei, para proteger os peões dos ciclistas. Em Inglaterra.

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Dois mortos e 96 feridos. Este é o saldo conhecido dos acidentes nas ruas de Londres provocados por ciclistas, em que os peões foram vítimas. E é igualmente o motivo pelo qual o Governo britânico decidiu alterar a lei, de modo a condenar os utilizadores de bicicletas por condução perigosa, sempre que provoquem ferimentos ou morte de peões.

Para incentivar a utilização de bicicletas nas grandes cidades, incrementando a mobilidade e limitando problemas como o estacionamento e a poluição nos centros urbanos, foram criadas leis que igualaram os ciclistas aos automobilistas, conferindo aos primeiros uma série de vantagens no trânsito. Mas nada foi feito para proteger os peões, que continuaram a ser os elos mais fracos na via pública. Isso está em vias de ser alterado. Para já, em Inglaterra.

Charlie Alliston, com apenas 20 anos, vai ficar na história como o primeiro a pagar pela medida grande os abusos que alguns ciclistas cometem nas cidades, circulando nos passeios a grande velocidade e expondo os peões que nelas se passeiam a perigos desmesurados. Charlie provocou a morte de Kim Briggs, de 44 anos.

O atropelamento teve lugar em Londres, há sete meses , mas só agora foi conhecida a sentença: 18 meses numa prisão para indivíduos entre os 18 e os 20 anos. Este e outros acidentes levaram o ministro dos Transportes britânico, Jesse Norman, a declarar:

“Temos assistido à devastação que a utilização irresponsável da bicicleta e da condução tem provocado, pelo que se impõe uma revisão da lei que incremente a segurança dos ciclistas e dos que com eles partilham a via pública”. Norman afirmou ainda que “é óptimo que a bicicleta se tenha tornado tão popular nos últimos anos, mas temos de garantir que as nossas leis garantem que os níveis de segurança se mantêm, apesar da mudança de hábitos”.

Foi o incremento de acidentes, entre automóveis e bicicletas, que levou à implementação de medidas destinadas a proteger os velocípedes dos condutores de veículos de quatro rodas. Situação que agora se repete, mas em relação aos peões, mais desprotegidos face aos utilizadores de bicicletas.

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