Chris Froome (Sky) pretende alcançar a quinta vitória na Volta a França, para entrar no “clube especial” dos franceses Jaques Anquetil e Bernard Hinault, do espanhol Miguel Induraín e do belga Eddie Merckx.
Numa entrevista publicada hoje no jornal italiano La Gazzetta dello Sport, Chris Froome reconheceu que tentar vencer a Volta a França pela quinta vez é um desafio aliciante, mas adianta que ainda não decidiu se vai participar na prova gaulesa ou defender o título na Volta a Itália.
“Ainda não decidi, tenho de reunir com a equipa e tomar uma decisão. O Giro é uma prova muito espetacular e o Tour é a melhor maneira de aferir o valor de um ciclista. Não escondo que alcançar cinco triunfos no Tour e entrar no clube especial com Anquetil, Hinault, Indurain e Merckx é um objetivo”, disse.
Embora o Tour envolva uma grande motivação, Chris Froome admitiu que a vitória alcançada no Giro do ano passado, com um ataque demolidor a 83 quilómetros da meta no alto do Colle delle Finestre, foi o “melhor desempenho” da sua carreira.
“No Giro tive de arriscar tudo. Chegar em quarto ou em décimo primeiro não mudaria nada. Na minha cabeça senti que estava pronto para dar tudo, até ao limite. Correu tudo da melhor forma, e os meus rivais também cometeram alguns erros”, recordou.
Foi um feito que, reconheceu Chris Froome, mudou a sua “relação com o público” italiano e lhe deu emoções que nunca mais irá esquecer.
Aos 33 anos, o ciclista britânico ainda vê um futuro desportivo longo à sua frente e disse que pretende manter-se ao mais alto nível competitivo “por mais cinco épocas”.
“Estou convencido de que posso competir ao mais alto nível até aos 38 anos, mas tenho de estar na minha melhor forma”, disse.
Chris Froome explicou que os seus principais objetivos continuam a passar pelas corridas por etapas, em detrimento das clássicas de um dia, devido a questões de preparação, embora admita que possa mudar de ideia antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.
Quanto ao futuro, após a sua retirada do ciclismo profissional, Chris Froome avançou a possibilidade de continuar ligado à modalidade como diretor de uma equipa ou como técnico de jovens.