Os ciclistas britânicos Chris Froome e Geraint Thomas vão ficar fora da edição deste ano do Tour, revelou a INEOS Grenadiers, que será liderada na prova por Egan Bernal.
A equipa britânica esclarece que Froome, que no final da temporada vai mudar-se para a Israel Start-Up Nation, correrá a Volta a Espanha, entre 20 de outubro e 08 de novembro, enquanto Thomas, que foi segundo no Tour do ano passado, terá como objetivo a Volta a Itália, que decorrerá entre 03 e 25 de outubro.
A surpreendente ausência dos dois britânicos abriu as portas ao equatoriano Richard Carapaz, vencedor do Giro em 2019, que fará a sua estreia no Tour como número dois do jovem colombiano Egan Bernal, o campeão em título da prova francesa, que vai para a estrada em 29 de agosto e termina em 20 de setembro, em Paris.
“Egan vai, novamente, apontar à camisola amarela em França e também estamos muito entusiasmados por proporcionar ao vencedor da edição do ano passado do Giro, Richard Carapaz, a estreia no Tour”, declarou o diretor-geral da INEOS, Dave Brailsford, indicando que Geraint Thomas, ao alinhar no Giro, terá a oportunidade de tornar-se no primeiro galês a juntar a vitória no Tour à conquista da camisola rosa em Itália.
Quanto a Chris Froome, Brailsford começou por salientar que é uma “lenda do ciclismo, um verdadeiro campeão, que demonstrou uma incrível coragem e determinação para regressar depois da sua queda no ano passado”, precisamente no Critério do Dauphiné, que o ‘obrigou’ a uma paragem de oito meses e a falhar a Volta a França de 2019, e o fez perder peso dentro da INEOS.
“Queremos apoiá-lo na demanda por um novo título numa grande Volta e a Vuelta é aquela que lhe dá um pouco mais de tempo para continuar o seu progresso até a um nível de topo”, esclareceu.
Chris Froome, de 35 anos, venceu a Volta a França em 2017, 2016, 2015 e 2013, sendo o único ciclista a ter quatro triunfos na prova francesa. O britânico está a apenas uma vitória de entrar no lote de recordistas da ‘Grande Boucle’ e de se juntar aos franceses Jacques Anquetil e Bernard Hinault, ao belga Eddy Merckx e ao espanhol Miguel Indurain, os únicos com cinco triunfos.
Em julho, quando anunciou a saída no final da época da equipa em que esteve durante uma década, ‘Froomey’ garantiu que o seu foco estava “em ganhar uma quinta Volta a França com a INEOS”.
As dúvidas quanto ao ‘oito’ da formação britânica para a 107.ª edição da ‘Grande Boucle’ eram mais do que muitas, sobretudo desde a performance medíocre da equipa no Critério do Dauphiné, tradicionalmente o barómetro por excelência do nível de forma antes do Tour – Bernal desistiu, Thomas foi 37.º e Froome ficou-se pela 71.ª posição.
“Estou muito orgulhoso por termos vários e, seguramente, futuros campeões de grandes Voltas na nossa equipa. Selecionar o líder certo para a corrida certa, com os escudeiros certos, é crítico e significa que tivemos de analisar as informações mais recentes, para estarmos seguros de que estaremos na melhor posição possível para otimizar as nossas prestações nos próximos meses”, justificou ainda Brailsford.
Depois de muita especulação – nos últimos dias, chegou a dar-se como certa a ausência de Bernal, por lesão -, a formação que venceu sete das últimas oito edições da principal prova velocipédica mundial alinhará com o colombiano de 23 anos, Carapaz, o costa-riquenho Andrey Amador, o espanhol Jonathan Castroviejo, o polaco Michal Kwiatkowski, o britânico Luke Rowe, o russo Pavel Sivakov e o holandês Dylan van Baarle.