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O minhoto José Mendes (Sporting-Tavira) conquistou hoje, em Melgaço, o título nacional de fundo na categoria de elite, no culminar de uma prova de 197 quilómetros, disputada a alta velocidade, apesar de grande exigência do percurso.

Numa longa corrida praticamente sem um palmo de terreno plano, sucederam-se as fugas depois dos primeiros 60 quilómetros de competição. Primeiro estiveram adiantados oito corredores, entre os quilómetros 60 e 135.

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A situação de pelotão compacto não durou muito. Ao quilómetro 143 atacaram mais sete ciclistas. O único repetente das duas iniciativas foi o corredor que alinhou com o dorsal número um, o campeão nacional de 2018, Domingos Gonçalves (Caja Rural-Seguros RGA).

Este grupo de fugitivos nunca teve grande margem sobre o pelotão e acabou por cindir-se. Os mais resistentes foram mesmo Domingos Gonçalves e César Fonte (W52-FC Porto), alcançados a 22 quilómetros da chegada.

Quando se esperava que a subida só transposta na última volta fosse palco de ofensivas, não ocorreu qualquer movimentação de relevo. Sendo já na fase de aproximação à meta que Ricardo Mestre (W52-FC Porto) tentou surpreender de longe. O algarvio entrou no último quilómetro isolado, mas José Mendes respondeu nos mil metros finais.

Campeonato Nacional de Estrada | Vitória emotiva de José Mendes em MelgaçoDisputado em subida acentuada, o quilómetro final deixou as emoções ao rubro, nos corredores e no público. Ricardo Mestre resistiu até à última curva, a 50 metros da chegada, mas José Mendes, num último fôlego, passou pelo portista e impôs-se ao fim de 4h39m33s de prova (média de 42,282 km/h).

Ricardo Mestre foi o segundo classificado, a 2 segundos. Também a 2 segundos chegaria António Carvalho (W52-FC Porto), que pode lamentar não ter saltado do pelotão mais cedo, pois fez uma grande recuperação nos últimos 150 metros, quase “colando” a José Mendes.

A competir no Minho natal, o vimaranense José Mendes saboreou um triunfo de grande emoção, para o próprio e para os muitos apoiantes que o vitoriaram após o final da corrida.

“É sempre uma corrida especial, nunca se sabe o que vai acontecer. Proporcionou-se estar na frente na fase final e, no último quilómetro, fui buscar forças a todos aqueles que estavam a apoiar-me e a gritar por mim. As últimas pedaladas foram graças a eles. A corrida foi dura, disputada a grande velocidade. Ainda tenho de digerir este resultado”, confessou José Mendes, visivelmente emocionado.

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