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Domingos Gonçalves (Rádio Popular-Boavista) ganhou hoje, com um ataque pleno de força, a prova de fundo do Campeonato Nacional de Estrada, disputada em Belmonte. Depois sagrar-se campeão de contrarrelógio, na sexta-feira, o barcelense também conquistou o título de fundo.

A prova de 181,8 quilómetros, com início e final no centro de Belmonte, foi espectacular, muito disputada desde as primeiras pedaladas, percorridas a alta velocidade. À semelhança do que que aconteceu ontem, na prova de sub-23, os corredores mais fortes movimentaram-se de início. Ao quilómetro 13 estava na dianteira um grupo de 17 ciclistas, entre os quais a maior parte dos favoritos. A sina da corrida ficou ali traçada, pois a luta pelo título resumiu-se àqueles homens.

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Rúben Guerreiro (Trek-Segafredo), Joaquim Silva (Caja Rural-Seguros RGA), Tiago Machado (Team Katusha Alpecin), Luís Fernandes e Luís Mendonça (Aviludo-Louletano-Uli), Henrique Casimiro e Bruno Silva (Efapel), Gaspar Gonçalves (Liberty Seguros-Carglass), António Barbio (Miranda-Mortágua), Luís Gomes e Domingos Gonçalves (Rádio Popular-Boavista), Joni Brandão e Frederico Figueiredo (Sporting-Tavira), João Matias (Vito-Feirense-BlackJack), António Carvalho, José Neves e César Fonte (W52-FC Porto) foram os ciclistas que se destacaram para enfrentar o calor e os quilómetros.

Os primeiros 96 quilómetros, até ao circuito de Belmonte, deixaram o grupo unido, com exceção de Rúben Guerreiro, que desistiu vítima de indisposição, e de José Neves, que perdeu o contacto com a frente. As cinco passagens pelo circuito foram palco dos momentos mais emocionantes e da batalha, física, tática e psicológica entre os pretendentes ao título.

As passagens na subida de acesso à meta provocaram uma corrida eliminação, na qual se sucederam os ataques e a quebra dos menos bem preparados. As formações com mais do que um homem na frente procuraram desgastar os adversários. Para isso, Luís Fernandes (Aviludo-Louletano-Uli), Frederico Figueiredo (Sporting-Tavira) e César Fonte (W52-FC Porto) isolaram-se e passaram adiantados na entrada para a última volta, obrigando os oponentes a trabalhos redobrados. Percebendo o perigo, Domingos Gonçalves foi dos primeiros a reagir.

Já nos derradeiros 20 quilómetros, juntou-se na frente um grupo de oito corredores, os mais resistentes do grupo inicial de 17. Quando se começava a pensar na possibilidade de a prova decidir-se na subida de 1500 metros para a meta, Domingos Gonçalves surpreendeu os adversários, atacando a cerca de 15 quilómetros do fim. Joni Brandão esboçou a reação, mas nunca conseguiu colar-se ao minhoto.

Domingos Gonçalves, demonstrando ser claramente o mais forte de todo o pelotão de 57 corredores, foi conquistando terreno e cortou a meta isolado. Joni Brandão teve de contentar-se com o segundo lugar, a 30 segundos. O terceiro classificado, a 34 segundos, foi Henrique Casimiro.

“O segredo da vitória foi conseguir poupar-me, graças à ajuda do Luís Gomes, que estava no grupo da frente, sempre a apoiar-me. À medida que o grupo foi diminuindo, percebi que podia ganhar, porque fiz um super-contrarrelógio na sexta-feira, o que é um excelente indicador. À entrada para a última volta, estiquei para me aproximar dos ciclistas que iam fugidos. Com ajuda do Tiago Machado e do Henrique Casimiro consegui fazer a junção. Depois arranquei para tentar ganhar. Ser duplo campeão enche-me de orgulho”, confessa o campeão nacional de fundo e de contrarrelógio.

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