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Rui Oliveira foi hoje o quinto classificado na prova de scratch do Campeonato do Mundo de Pista, ganha pelo bielorrusso Yauheni Karaliok, em Apeldoorn, Holanda. É o melhor resultado português de sempre em mundiais de elite.

A prova foi movimentada desde o início, com sucessivos ataques que não resultaram, até que, a 35 voltas do final, isolaram-se três homens, Yauheni Karaliok, o italiano Michele Scartezzini e o australiano Callum Scotson. que dobraram o pelotão e guardaram para o final a distribuição dos lugares no pódio.

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Com as medalhas praticamente entregues, depois de consumada a volta de vantagem do trio mais afoito da corrida, restava aos restantes ciclistas lutar pelas posições de honra. Rui Oliveira correu de forma inteligente. Sabendo que, numa chegada em sprint, muitos concorrentes poderiam bater-se pelos melhores lugares, o gaiense atacou de longe.

A cinco voltas do final, num momento em que o pelotão vivia um período de marcação e de relativa acalmia antes do lançamento do sprint, Rui Oliveira atacou, conseguiu destacar-se e já não foi alcançado pelo pelotão. Deste modo terminou no quinto posto. A vitória foi para Yauheni Karaliok, seguido pelo italiano Michele Scartezzini e pelo australiano Callum Scotson.

O resultado de hoje é o melhor de sempre de Portugal em Campeonatos do Mundo de Pista na categoria de elite, superando o sexto lugar de Ivo Oliveira, em perseguição individual, em 2017. “É mais um sinal da nossa evolução e do crescimento sustentado do ciclismo de pista português. O Rui teve uma prestação irrepreensível, sob os pontos de vista tático e técnico, tendo em conta as condições em que a prova se desenrolou”, considera o selecionador nacional, Gabriel Mendes.

“As sensações não foram as melhores e sabia que no sprint acabaria por não conseguir um bom resultado. Reservei tudo o que tinha para a melhor oportunidade. Esta surgiu e eu aproveitei. Tinha de ser ali. Ataquei com força e tive alguma sorte, porque os adversários não responderam de imediato”, descreve Rui Oliveira.

Ivo Oliveira espreita o pódio

Ivo Oliveira, atual vice-campeão europeu de elite e de sub-23 em perseguição individual, tenta, nesta sexta-feira, fazer história também em mundiais de elite. O português é um dos candidatos ao pódio ou não se apresentasse como número um do ranking mundial. Há um ano, Ivo Oliveira foi o sexto classificado. O caderno de encargos para 2018 passa por subir na classificação, até onde for possível.

A prova de qualificação está marcada para as 14h00 e a final para as 19h00. Se Ivo Oliveira fizer um dos dois melhores registos na manga inicial, vai disputar a medalha de ouro. Se for terceiro ou quarto tem hipótese de lutar pelo bronze. Caso fique aquém dessas posições no apuramento, acaba de imediato a participação no Campeonato do Mundo.

O melhor registo pessoal de Ivo Oliveira foi estabelecido na fase de qualificação do Campeonato da Europa de Elite, em outubro. Na altura, o gaiense cumpriu os 4 quilómetros de contrarrelógio em 4’14’’570. Em Apeldoorn terá por diante vários corredores que já conseguiram tempos melhores e que serão, por certo, rivais difíceis de bater.

Os principais nomes a ter debaixo de olho são o italiano Filippo Ganna, campeão europeu e ex-campeão mundial, o britânico Charlie Tanfield, que tem surpreendido, nos últimos seis meses, quase sempre com tempos mais baixos do que 4m15s, o russo Alexander Evtushenko, o estadunidense Ashton Lambie, o britânico Daniel Bigham e o holandês Dion Beukeboom, sem prejuízo do aparecimento de alguma surpresa.

Além de Ivo Oliveira, a sexta-feira contará com a presença em pista de João Matias. O minhoto vai competir na corrida por pontos, cerca das 17h30, procurando melhorar o 19.º lugar da edição transata.

A Eurosport 2 transmite o Campeonato do Mundo a partir das 18h00.

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