PUB

Caminho Português Interior de Santiago vai ser melhorado

PUB

Os oito municípios atravessados pelo Caminho Português Interior de Santiago vão aplicar cerca de meio milhão de euros na melhoria da sinalética e em albergues, seminários e workshops que promovam esta via de peregrinação.

Ana Rita Dias, vice-presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, disse hoje que o objetivo “é melhorar o Caminho Português Interior de Santiago porque “é preciso dar mais e melhor a quem percorre este caminho”.

PUB

Esta via de peregrinação começa em Viseu e segue por Castro Daire, Lamego, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Vila Real, Vila Pouca de Aguiar e Chaves, percorrendo 205 quilómetros e entrando em Espanha por Verín.

A autarca, que falava em Pedras Salgadas, à margem da criação da Federação Portuguesa do Caminho de Santiago, disse aos jornalistas que os municípios prepararam uma candidatura comum, que já foi aprovada, e que prevê a concretização de iniciativas conjuntas e individuais.

Entre as ações previstas estão o reforço da sinalética e da rede de albergues, a preparação de alguns albergues para pessoas com necessidades especiais e para acolherem os que se deslocam em bicicleta, com locais para a lavagem ou reparação destes meios de transporte.

A ideia é “requalificar e inovar” o caminho que, segundo Ana Rita Dias, está a receber “cada vez mais peregrinos, inclusive estrangeiros”.

 “Temos um caminho diferente dos restantes pela sua paisagem, pela sua dificuldade, por aquilo que oferece e pelas gentes que aqui vivem”, frisou a responsável.

Entre alguns peregrinos, as opiniões dividem-se entre as belas paisagens e algumas falhas nas condições existentes nesta via.

José Carlos Callixto, de 65 anos e residente em Sacavém, já percorreu sete caminhos de Santiago, o último dos quais foi o Caminho Português Interior, no qual entrou em Lamego.

Disse que se trata de um “caminho fabuloso” do ponto de vista paisagístico, histórico e cultural, destacando os vinhedos do Douro e os rios Douro e Corgo, referindo ainda que é uma via com troços difíceis, de montanha e de muitos desníveis.

No entanto, afirmou que “há muito que falta” nesta via, desde a sinalização em algumas etapas, à limpeza de troços do percurso e da falta de albergues em algumas zonas.

Ana Rita Dias referiu que a candidatura visa também “a manutenção” do caminho e elencou ainda, entre as iniciativas previstas, a realização de seminários e workshops, a elaboração de guias em papel e também digitais.

A primeira iniciativa decorreu na quinta-feira, nomeadamente o seminário internacional “Caminho de Santiago, um caminho no mundo”, que antecedeu a criação da Federação Nacional do Caminho de Santiago, que foi hoje oficialmente constituída.

PUB

Exit mobile version