O presidente da Câmara Municipal de Viseu disse hoje que avisou a organização da Volta a Portugal de que não existem condições para receber este ano a prova, mas manifestou-se disponível para a acolher em 2021.
O autarca viseense explicou que a autarquia “não pode, por um lado, anular eventos como a Feira de São Mateus ou a Meia Maratona do Dão, exatamente em nome da saúde pública”, ou seja, “não pode andar a fazer uma coisa e o seu contrário”.
Ainda assim, Almeida Henriques contou que disse à organização da prova, “numa troca de comunicação escrita, que Viseu estará disponível para um adiamento da Volta, mantendo o seu interesse para que, no próximo ano, no adiamento que será feito, passe por Viseu numa forma já normal”.
“Continuamos a apoiar o evento, mas entendemos que este ano não é oportuno que a Volta a Portugal passe por Viseu”, reforçou o autarca, lembrando que é a posição que está a ser adotada “pelos restantes colegas por esse país fora”.
O autarca deu o exemplo de que “só 10 equipas, mesmo que este ano sejam menos, movimentam muitas pessoas à sua volta” o que, só por si, “já é contraditório com o que é pedido pela Direção-Geral da Saúde [DGS] e aferido pelo executivo” de Viseu.
“Na minha opinião, a organização deve estar a avaliar, porque do que me tenho apercebido, quase todos os meus colegas estão a pôr em causa que se deva realizar, até porque se ela se vier a realizar não seria uma Volta a Portugal com as características que conhecemos”, apontou.
No esclarecimento à Lusa, a DGS referiu que “os atletas serão monitorizados pela equipa médica do clube por forma a garantir a deteção precoce de qualquer sintoma sugestivo de covid-19”.
“Caso existam suspeitos de covid-19 serão aplicados os procedimentos estabelecidos em Portugal, não podendo participar na prova. Será realizado um teste antes do início da competição”, explicou a DGS.