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Depois que o suíço Nino Schurter venceu a primeira etapa do mundial de MTB cross-country, no dia 18 de março, com uma Scott Scale 27,5 (ou seja, um roda com 27,5 polegadas de diâmetro), algumas pessoas apostam que esses modelos estarão na “moda” em 2013.

Apesar de serem relativamente novas no universo da mountain bike – as primeiras apareceram em 2008. “Mas, não faz sentido desmerecê-las apenas porque antes eram usadas numa popular bike de transporte, modelo, inclusive, sucesso de vendas”, opina Adil Filoso, que possui um site especializado em aro 29, mas que já testou a 27,5.

Vale lembrar que as 29 levaram uma década para se estabelecerem e ganharem a atenção de fornecedores e usuários, enquanto que as 27,5 foram abraçadas mais rapidamente pelas fábricas. O sucesso do formato intermediário talvez possa ser explicado pela sua maior estabilidade e menor resistência à rodagem, se comparadas às tradicionais 26. Por outro lado, elas são mais leves e tem melhor manobrabilidade em relação às 29.

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No mundo, a KHS foi uma das pioneiras nas bikes com rodas 27,5, começando a produzi-las há 4 anos. Atualmente, a marca possui cinco modelos. “Mas, da mesma maneira que aconteceu com a 29, temos de esperar o mercado começar a pedir a 27,5. Já devemos ter alguma coisa em 2012, e vamos trazê-la com certeza para 2013”, diz Bruno Caheté, da importadora da KHS.

Há rumores de que a Scott também faça um lançamento de 27,5 até o final do ano. “Infelizmente, ainda não há informação oficial da Scale 27,5”, diz Raphael Caliendo, da representante no país. “Mas, em geral, atletas e competições são o laboratório de testes da Scott, guiando a marca no lançamento de novos produtos, conceitos e tecnologias”.

Avessa a adaptações. Por enquanto, adaptações de quadro e garfos para uma roda de 27,5 não são recomendadas. “Se eu montar uma roda 27,5 na minha 29, vai sobrar espaço, pois os chainstays [canos que sustentam a roda traseira] são compridos, bem como os garfos”, explica Adil. “Na prática, a bike ficaria lenta, difícil de pedalar em pé, além do movimento central, que já era baixo, se aproximar ainda mais do solo”.

Já as de roda 26 teriam os chainstays curtos demais. E mesmo que exista essa compatibilidade, o resultado final não seria o dos melhores. “O escoamento de barro ficaria comprometido, o câmbio dianteiro poderia encostar no pneu traseiro e o movimento central ficaria mais alto, modificando a personalidade original da bike.”

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